BRUXELAS 14 maio (EUROPA PRESS) -
A União Europeia rejeitou como "fabricadas" as acusações contra Grigori Melkoniants, um observador eleitoral russo condenado a cinco anos de prisão na quarta-feira, e disse que sua sentença foi uma resposta à "sua posição firme" em favor da "democracia, pluralismo e liberdades fundamentais".
"A UE condenou repetidamente, ao longo da última década, a legislação russa que serve como ferramenta para processar ativistas e defensores dos direitos humanos com o objetivo de paralisar a sociedade civil e restringir as liberdades fundamentais", disse a porta-voz de relações exteriores da UE, Anitta Hipper, em um comunicado.
Ela disse que o caso contra Melkoniants - que acusou o presidente russo Vladimir Putin de fraude durante as eleições presidenciais de 2024 - foi "politicamente motivado" e pediu às autoridades russas que "libertem imediata e incondicionalmente todos os presos políticos".
"A UE se solidariza com todos os cidadãos russos que desejam uma Rússia aberta e democrática e que querem que a Rússia ponha fim à sua guerra de agressão ilegal, não provocada e injustificada contra a Ucrânia", disse Hipper, instando Moscou a "abandonar as leis opressivas" usadas para reprimir a sociedade civil e vozes independentes.
Melkoniants, cofundador da organização Golos, foi preso em agosto de 2023. Ele foi condenado pelo judiciário por fazer parte de uma "organização indesejável" de acordo com a lei russa por trabalhar para a Rede Europeia de Organizações de Observação Eleitoral (ENEMO), uma ONG com sede em Montenegro que está na lista negra das autoridades há quatro anos.
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