Publicado 09/05/2025 07:31

UE anuncia mais 3 bilhões de euros para ajudar os países a cumprir o Pacto de Migração e Asilo

HANDOUT - 09 de maio de 2025, Bélgica, Bruxelas: A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (à direita), recebe o chanceler alemão Friedrich Merz (à esquerda) na sede do Conselho Europeu antes de sua reunião em Bruxelas. Foto: Dati Bendo/Comi
Dati Bendo/European Commission/d / DPA

Ele admite o "dilema" de trabalhar com as "deficiências" anteriores e pede a implementação "rápida" do novo pacto.

BRUXELAS, 9 maio (EUROPA PRESS) -

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira o desembolso de 3.000 milhões de euros para ajudar os Estados membros a cumprir o Pacto sobre Migração e Asilo, para o qual confia em uma aplicação "rápida" em um contexto marcado pelo "desafio comum" de tentar regular os fluxos.

"A migração é um desafio europeu comum que requer uma solução europeia comum", resumiu a chefe do executivo da UE em uma aparição ao lado do novo chanceler alemão, Friedrich Merz, que nos últimos dias promoveu um endurecimento dos controles nas fronteiras terrestres para abrir a porta para bloquear até mesmo os requerentes de asilo.

No contexto atual, Von der Leyen considera "importante" implementar o Pacto de Migração, "para torná-lo realidade", apesar do fato de que no último ano vários países se juntaram às críticas, inicialmente lideradas pela Hungria, e defenderam a suspensão dos compromissos já assinados.

Para Von der Leyen, tudo é uma questão de "investimento e trabalho árduo", e é por isso que ela espera que o novo pacote de financiamento sirva para fortalecer as políticas incluídas no acordo e que envolvem, como ela mesma resumiu, "fronteiras externas mais fortes, fórmulas melhores para evitar movimentos secundários e procedimentos de asilo mais rápidos", além de forjar novas alianças com os países vizinhos.

A presidente da Comissão enfatizou que as chegadas de migrantes irregulares caíram cerca de 30% este ano e que agora "os Estados membros precisam aumentar as devoluções", já que "apenas" um em cada cinco solicitantes de asilo rejeitados é devolvido a seus países de origem.

MEDIDAS ALEMÃS

A disparidade de critérios dentro da UE é perceptível no controle de fronteiras, como tem sido o caso da Alemanha, que não só manteve, mas também ampliou nos últimos meses os limites da liberdade de movimento que é assumida dentro do espaço Schengen.

Von der Leyen destacou que a própria lei prevê isenções, desde que sejam justificadas e limitadas no tempo e envolvam coordenação com Bruxelas. Ele acredita que, no caso alemão, os critérios estão sendo cumpridos, embora também tenha assumido que a UE está agora em uma "fase provisória".

Por um lado, explicou, as "deficiências" das regras anteriores persistem, e "a nova lei ainda não foi aplicada", por exemplo, para avançar na unificação dos critérios quando se trata de estabelecer condições comuns de entrada ou reforçar as fronteiras externas.

Merz, por sua vez, argumentou que a "possibilidade" de aplicar controles existe e que Berlim se limitou a fazer uso dela. "Fazemos uso desse direito", disse ele durante a audiência, na qual se descreveu como um defensor ferrenho do espaço Schengen e de seus "benefícios".

O chanceler lembrou que o regulamento estipula que o pedido de asilo deve ser feito no primeiro país de entrada, algo que "geralmente" não envolve a Alemanha.

Merz também se referiu à questão em uma coletiva de imprensa com o presidente do Conselho Europeu para ressaltar que essa não é uma medida nova, pois foi aplicada no ano passado durante o Campeonato Europeu de Futebol, por exemplo.

"Não se trata de uma emergência nacional", disse Merz, acrescentando que todas essas medidas são tomadas de acordo com a legislação da UE e após "informar" os países vizinhos.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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