MADRID 31 out. (EUROPA PRESS) -
A Ucrânia aprovou a primeira extradição de um militar russo acusado de cometer crimes de guerra, neste caso contra um cidadão lituano, por atos supostamente cometidos em Melitopol, na zona ocupada de Zaporiyia, em 2022.
"Este é o primeiro caso, desde o início da agressão armada da Rússia contra a Ucrânia, em que a Ucrânia transferiu um militar russo detido para outro Estado para ser processado criminalmente de acordo com o princípio da jurisdição universal", disse o Gabinete do Procurador-Geral da Ucrânia em um comunicado.
A acusação alega que o suspeito, como fuzileiro naval da Flotilha do Cáspio, participou, entre março e setembro de 2022, da organização de um campo de detenção no aeródromo militar da cidade de Melitopol.
"Nesse campo, civis e prisioneiros de guerra, incluindo um cidadão da República da Lituânia, foram detidos ilegalmente, torturados e humilhados", afirma a nota do promotor. Sua entrega ao país báltico ocorreu na quarta-feira, confirmou Kiev na sexta-feira.
De acordo com a investigação, o suspeito - preso em agosto de 2023 - e outros militares russos "não apenas guardavam civis e prisioneiros de guerra detidos ilegalmente, mas também participavam de espancamentos e torturas".
O Estado lituano o acusa de crimes de guerra contra civis e prisioneiros, incluindo tortura, privação ilegal de liberdade, violação de convenções internacionais e leis sobre costumes de guerra. Ele pode ser condenado a penas de prisão que variam de dez a vinte anos, ou à prisão perpétua.
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