MADRID 9 maio (EUROPA PRESS) -
As autoridades ucranianas prenderam dois supostos espiões que trabalhavam para a inteligência militar húngara e que estão sendo investigados por coletar informações na região da Transcarpática para procurar possíveis falhas nos sistemas de defesa e para avaliar a opinião pública sobre um possível envio de tropas húngaras, de acordo com o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU).
Os serviços de inteligência ucranianos disseram na sexta-feira que "pela primeira vez na história" desativaram uma célula ligada à Hungria que, por meio de operações de campo, estava orquestrando atividades contrárias aos interesses nacionais da Ucrânia.
Os detidos - um homem e uma mulher - foram identificados pela SBU como ex-membros das Forças Armadas, que agora foram acusados de um suposto crime de alta traição em tempo de guerra, que pode levar a penas de prisão perpétua. De acordo com os investigadores, eles estavam ligados externamente a um membro da inteligência militar húngara que também foi identificado.
O caso ameaça acrescentar um novo capítulo de tensões entre Kiev e Budapeste, onde o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, continua a criticar a política europeia comum de apoio à Ucrânia, evitando se distanciar da Rússia.
Na verdade, nesta sexta-feira, Orbán reiterou em uma entrevista de rádio que seu governo não é a favor da adesão da Ucrânia ao bloco no curto prazo, argumentando que seria um "suicídio econômico", e alertou sobre os efeitos colaterais das punições impostas à Rússia em setores-chave como o de energia.
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