MADRID 30 out. (EUROPA PRESS) -
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu colega chinês, Xi Jinping, mostraram um tom conciliatório em Busan, na Coreia do Sul, durante sua primeira reunião cara a cara desde o início do segundo mandato do nova-iorquino, em janeiro deste ano.
"Acho que já concordamos com muitas coisas e acho que vamos concordar com mais algumas coisas agora mesmo. Acho que teremos um relacionamento fantástico por muito tempo", disse o chefe da Casa Branca no início de uma reunião de 90 minutos, na qual ele descreveu Xi como um "negociador muito duro" e um "grande líder de um grande país".
O líder chinês, por sua vez, disse que estava "muito animado em ver" Trump novamente e "disposto a continuar trabalhando com" ele com o objetivo de "construir uma base sólida para as relações" entre Pequim e Washington.
Xi defendeu que "nem sempre concordamos, e é normal que as duas maiores economias do mundo tenham atritos de vez em quando", embora tenha ressaltado que "diante dos ventos, ondas e desafios, o senhor e eu (...) devemos manter o rumo certo e garantir a navegação estável do gigantesco navio das relações entre a China e os Estados Unidos".
Espera-se que os dois líderes, reunidos em Busan à margem da cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), finalizem os detalhes de um acordo-quadro, negociado no fim de semana na Malásia, segundo o qual a China suspenderia por pelo menos um ano o regime de licenciamento de terras raras e retomaria as compras de soja dos Estados Unidos em troca de uma redução nas tarifas americanas.
"Nossas duas equipes econômicas e comerciais chegaram a um consenso básico para tratar de nossas respectivas preocupações principais e fizeram progressos animadores. Isso proporcionou as condições necessárias para nossa reunião de hoje", disse Xi, durante um discurso em que aproveitou a oportunidade para elogiar os esforços de paz de Trump, algo em que os dois governos podem trabalhar "juntos".
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