MADRID 11 jul. (EUROPA PRESS) -
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou nesta quinta-feira sua decepção com seu colega russo, Vladimir Putin, que ordenou no último mês o maior número de ataques contra a Ucrânia desde sua invasão em fevereiro de 2022, e considerou fazer uma "declaração significativa" sobre Moscou na próxima segunda-feira, 14 de julho.
"Estou decepcionado com a Rússia, mas veremos o que acontece nas próximas semanas. Acho que terei uma declaração importante a fazer sobre a Rússia na segunda-feira", disse ele em uma entrevista por telefone à rede de televisão norte-americana NBC News, recusando-se a entrar em detalhes.
O presidente dos EUA criticou novamente a Rússia por seus contínuos ataques ao território dos EUA - de acordo com os números da ONU, junho foi o mês mais mortal na Ucrânia em mais de três anos de conflito - e expressou otimismo em relação às sanções mais severas contra a Rússia que o Senado dos EUA deve aprovar.
"É uma opção minha, se eu quiser usá-la. Eles vão aprovar um projeto de lei de sanções muito importante e muito severo, mas cabe ao presidente decidir se quer aplicá-lo ou não", disse ele sobre a medida.
O líder da Casa Branca fez as observações no momento em que o Pentágono prepara um fornecimento de armas para a Ucrânia, no que ele apresentou como um novo acordo entre Washington, a OTAN e Kiev.
"Estamos enviando armas para a OTAN, e a OTAN está pagando por essas armas, 100%. Então, o que estamos fazendo é que as armas que estão saindo vão para a OTAN e, em seguida, a OTAN vai dar essas armas (para a Ucrânia) e a OTAN está pagando por essas armas", explicou ele sobre um acordo que, segundo ele, foi alcançado na cúpula da OTAN realizada no final de junho em Haia.
No entanto, o presidente não esclareceu se são os membros individuais da OTAN que estão comprando essas armas dos Estados Unidos em nome da Ucrânia, de acordo com a NBC News.
O governo dos EUA retomou esta semana o envio de armas para a Ucrânia, depois que o Departamento de Defesa suspendeu um envio programado para este mês, por ordem do secretário da pasta, Pete Hegseth, embora o próprio Trump tenha declarado que "não sei nada sobre isso" e que o chefe do Pentágono está "fazendo um ótimo trabalho".
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