MADRID 30 out. (EUROPA PRESS) -
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que seu governo acelerará os testes de armas nucleares, depois que seu homólogo russo, Vladimir Putin, anunciou o teste bem-sucedido de um drone submarino movido a energia nuclear e de um míssil de cruzeiro com capacidade nuclear.
"Por causa dos programas de testes de outros países, instruí o Departamento de Guerra - como o governo dos EUA chama o Pentágono - a começar a testar nossas armas nucleares em condições de igualdade", disse ele em sua conta no Truth Social, onde indicou que "esse processo começará imediatamente".
O chefe da Casa Branca assegurou na mesma plataforma que seu país "tem mais armas nucleares do que qualquer outro", um extremo que atribuiu à "renovação completa das armas existentes durante (seu) primeiro mandato". "Por causa de seu tremendo poder destrutivo, eu odiei fazer isso, mas não tive escolha! A Rússia está em segundo lugar e a China em um distante terceiro, mas daqui a cinco anos estarão em pé de igualdade", alertou.
Moscou acelerou nas últimas semanas os testes de seu arsenal nuclear e nesta terça-feira testou "com sucesso" o super torpedo 'Poseidon', disparado de um submarino e capaz de carregar ogivas nucleares, ações criticadas por Trump, que apontou que Putin deveria, em vez disso, trabalhar para acabar com a guerra na Ucrânia, desencadeada em fevereiro de 2022.
O anúncio do presidente dos EUA ocorre pouco antes de sua primeira reunião cara a cara com seu homólogo chinês, Xi Jinping, desde o retorno de Trump à Casa Branca em janeiro passado, em um contexto marcado por tensões comerciais renovadas entre os dois países, quando a trégua comercial que pôs fim à guerra comercial e à imposição de tarifas recíprocas de mais de 100% está prestes a expirar em 10 de novembro.
O presidente republicano já manifestou interesse em negociar um tratado nuclear com Pequim para reduzir os arsenais nucleares, embora as autoridades do gigante asiático tenham resistido a participar de conversações sobre a não proliferação de armas nucleares, segundo a agência de notícias Bloomberg.
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