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O líder da oposição pode ser condenado à prisão perpétua
MADRID, 15 dez. (EUROPA PRESS) -
O judiciário de Hong Kong considerou nesta segunda-feira o ativista e magnata da mídia Jimmy Lai culpado das acusações de sedição e conspiração para agir contra as autoridades, pelas quais ele pode ser condenado à prisão perpétua.
O veredicto contra Lai, 78 anos, também se estende ao jornal Apple Daily, após um julgamento de dois anos que gerou polêmica no país e no exterior. De acordo com os juízes, tanto Lai quanto seus meios de comunicação foram usados para facilitar a "interferência" de terceiros países e "exercer pressão" sobre eles para impor sanções contra as autoridades chinesas e de Hong Kong.
O líder da oposição também foi acusado de "incitar o ódio" contra as autoridades e está preso há cinco anos desde sua prisão, que ocorreu em dezembro de 2020 sob a polêmica lei de segurança nacional, promovida por Pequim para criminalizar questões como sedição ou interferência estrangeira em Hong Kong.
Um dos juízes encarregados do caso insistiu que o testemunho de Lai é "evasivo" e "não confiável", ao mesmo tempo em que equiparou suas declarações àquelas que poderiam ter sido dadas por um "americano que incitou a Rússia a derrubar o governo dos EUA", de acordo com o portal de notícias HKFP.
Em abril de 2021, ele foi condenado por participar de um protesto não autorizado, em um caso que resultou em sentenças de prisão para vários outros representantes da oposição.
Assim, Lai se tornou um dos símbolos da perseguição à oposição política em Hong Kong, onde ainda persistem os ecos dos protestos em massa contra o governo de Carrie Lam, iniciados em 2019. A mobilização foi sem precedentes desde que o Reino Unido cedeu a soberania do território à China em 1997.
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