Publicado 29/05/2025 00:37

Tribunal dos EUA suspende a maioria das tarifas de Trump e as declara "ilegais"

Archivo - 7 de abril de 2025, Washington, Distrito de Columbia, EUA: O presidente DONALD TRUMP recebeu o primeiro-ministro israelense BENJAMIN NETANYAHU na Casa Branca em 7 de abril de 2025 para uma reunião bilateral sobre a Palestina e tarifas
Europa Press/Contacto/Andrew Leyden - Archivo

A Casa Branca recorrerá da decisão porque "não cabe a juízes não eleitos decidir como lidar adequadamente com uma emergência nacional".

MADRID, 29 maio (EUROPA PRESS) -

Um tribunal federal dos Estados Unidos ordenou na quarta-feira a suspensão da maioria das tarifas globais do presidente Donald Trump, considerando que ele excedeu sua autoridade legal ao adotar essa medida - que ele declarou "ilegal" - no início de abril, uma decisão que também afeta as taxas contra a China, o México e o Canadá para combater a entrada de fentanil e a chegada de migrantes ao país.

A Corte de Comércio Internacional dos EUA ordenou a suspensão das tarifas de 30% sobre a China, 25% sobre alguns produtos do México e do Canadá, além de tarifas globais de 10%.

"Todo o sistema de tarifas do Dia da Libertação e outras tarifas sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA) é ilegal e proibido por uma liminar permanente", afirma o documento, que também o considera "inconstitucional".

O tribunal tomou essa decisão com base no fato de que "não interpreta a IEEPA - que Trump usou para justificar sua política tarifária - como conferindo tal autoridade ilimitada e torna ineficazes as tarifas contestadas impostas por ela". Isso explica por que a suspensão não afeta as tarifas de 25% sobre automóveis, aço e alumínio, pois elas estão sujeitas à Lei de Expansão do Comércio.

A decisão é uma resposta a uma ação judicial movida pelo Liberty Justice Center independente em nome de cinco empresas que alegam ter sido seriamente prejudicadas pelas tarifas.

A Casa Branca afirmou que recorrerá da decisão, argumentando que ela é necessária porque os déficits comerciais dos EUA com outros países "criaram uma emergência nacional que dizimou as comunidades americanas", de acordo com o porta-voz Kush Desai.

"Não cabe a juízes não eleitos decidir como lidar adequadamente com uma emergência nacional. O presidente Trump prometeu colocar os Estados Unidos em primeiro lugar, e a administração está comprometida em usar todos os recursos do poder executivo para enfrentar essa crise e restaurar a grandeza americana", acrescentou ele em um comunicado divulgado pela rede de televisão americana CNN.

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