MADRID 7 jun. (EUROPA PRESS) -
Um tribunal federal de apelações dos Estados Unidos decidiu que o governo norte-americano pode impedir que a agência de notícias Associated Press (AP) tenha acesso às aparições do presidente Donald Trump no Salão Oval, na mansão de Mar-a-Lago e no Air Force One, após uma ordem emitida por um juiz em abril que obrigou o governo norte-americano a consentir sua entrada.
"Grande vitória sobre a AP hoje. Eles se recusaram a revelar os fatos e a verdade sobre o Golfo dos Estados Unidos. Fake news!!!", escreveu o presidente dos EUA em sua conta no Truth Social.
Para o tribunal, espaços como os mencionados não estão abertos ao público em geral ou a todos os meios de comunicação, de modo que a Casa Branca tem o poder de decidir quem pode acessá-los, em uma decisão que foi aprovada por dois votos a favor e um contra, de acordo com a rede de televisão norte-americana CNN.
"Embora o direito da Associated Press de fazer reportagens irresponsáveis e desonestas seja protegido pela Primeira Emenda, isso não garante o direito de acesso irrestrito a espaços limitados, como o Salão Oval e o Air Force One", disse o vice-chefe de gabinete da Casa Branca, Taylor Budowich, em uma mensagem em sua conta na rede social X.
Em meados de fevereiro, o governo Trump vetou os jornalistas da agência de notícias por manterem o uso do termo "Golfo do México", depois que o magnata nova-iorquino rebatizou o acidente geográfico como "Golfo da América".
Por outro lado, em abril, o juiz distrital dos EUA Trevor McFadden, nomeado pelo presidente republicano durante seu primeiro mandato, determinou que o governo dos EUA deveria permitir que a AP voltasse às áreas vetadas.
"O tribunal não ordena que o governo conceda à AP acesso permanente ao Salão Oval, à Sala Leste ou a qualquer outro evento de mídia. Não lhe concede tratamento especial", garantiu o magistrado. "Mas também não pode ser tratada de forma pior do que suas agências de notícias", acrescentou.
Nesse sentido, essa nova decisão é um reconhecimento da política seguida pela Casa Branca em relação aos seus critérios para decidir quais meios de comunicação têm permissão de acesso às aparições da imprensa.
"Estamos desapontados com a decisão do tribunal e estamos avaliando nossas opções", disse um porta-voz da Associated Press, segundo a CNN.
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