MADRID 19 ago. (EUROPA PRESS) -
O Tribunal Constitucional do Peru ordenou na terça-feira a suspensão de todas as investigações contra a presidente do país latino-americano, Dina Boluarte, até o final de seu mandato em julho de 2026, após uma ação movida pelo governo peruano.
A mais alta corte do Peru decidiu que as investigações "não estão cobertas pelo artigo 117 da Constituição", que estabelece que os presidentes só podem ser acusados de traição, impedimento de eleições, dissolução do Congresso ou impedimento do funcionamento do Congresso e dos órgãos eleitorais.
"As investigações suspensas continuarão a ser processadas no final do mandato presidencial", diz a decisão, que segue a apresentação de uma ação judicial pelo governo peruano, de acordo com a estação de rádio RPP.
O Tribunal Constitucional explicou que tanto o Ministério Público quanto o judiciário minaram a "estrutura de competência" da presidente peruana, excedendo suas funções ao realizar procedimentos contra ela.
Boluarte está sendo investigado por suborno no caso dos relógios de luxo Rolex não declarados, bem como pelos protestos contra o governo que eclodiram após a destituição e prisão do ex-presidente Pedro Castillo, depois de sua tentativa de arrogar mais poderes para si mesmo.
O atual presidente, na época o "número dois" de Castillo, assumiu as rédeas do país andino em meio aos protestos, que resultaram em mais de 60 mortes e milhares de feridos, quando as forças de segurança reprimiram os manifestantes.
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