Publicado 06/06/2025 16:57

Torres lamenta que o texto do PP não diga "uma única frase" sobre os menores migrantes

O Ministro da Política Territorial e Memória Democrática, Ángel Víctor Torres, realiza uma coletiva de imprensa após a reunião da 28ª Conferência de Presidentes, no Palau de Pedralbes em Barcelona, em 6 de junho de 2025, em Barcelona, Catalunha (Espanha).
David Zorrakino - Europa Press

Ele ressalta que uma reunião com as Ilhas Canárias "já estava planejada" após a decisão da Suprema Corte.

BARCELONA, 6 jun. (EUROPA PRESS) -

O ministro de Política Territorial e Memória Democrática, Ángel Víctor Torres, lamentou nesta sexta-feira a dificuldade em chegar a acordos com o PP sobre questões migratórias e que a proposta que levaram à 28ª Conferência de Presidentes não diz "uma única frase" sobre a situação dos menores migrantes não acompanhados.

"Eles apresentaram uma proposta sobre controle de fronteiras, na qual dizem que absolutamente nada pode ser delegado no campo da migração. Não há uma única frase, nem uma vírgula, nada, nem uma única vogal que fale sobre menores desacompanhados", criticou ele na coletiva de imprensa após a conferência no Palau de Pedralbes, em Barcelona.

Ele garantiu que, nessa questão, eles sempre se deparam com "um muro do Partido Popular e da ultradireita" e que não podem contar com o PP porque eles não querem dar uma resposta solidária a essa população vulnerável.

Ele também criticou o fato de que nos acordos com a Vox para os orçamentos de algumas comunidades autônomas, "o ponto um é não aceitar menores migrantes" em seus territórios, algo que eles veem na linha que o partido tem mantido no último ano e meio.

PROPOSTA DO PAÍS BASCO E DAS ILHAS CANÁRIAS

Em relação à proposta feita pelo País Basco e pelas Ilhas Canárias no comitê preparatório para a reunião desta sexta-feira, ele disse que o Governo a aceitou, mas que não foi aprovada devido ao voto contra da maioria das regiões autônomas, especificamente aquelas presididas pelo PP, e que foi incluída por proposta do Governo.

Ele lamentou que, por se tratar de uma iniciativa do executivo, ela tenha sido rejeitada: "Eles não deram a opção de que as propostas feitas pelo governo espanhol fossem aprovadas como um acordo ou como uma recomendação".

"O Partido Popular fez uma proposta diferente, sobre o controle de fronteiras, sem falar sobre as questões levantadas pelo País Basco ou pelas Ilhas Canárias", acrescentou.

DECISÃO DA SUPREMA CORTE

Perguntado sobre a decisão do Supremo Tribunal (SC) sobre a situação dos menores migrantes nas Ilhas Canárias, Torres respondeu que "já estava planejado" realizar uma reunião com o governo das Ilhas Canárias e enviar um protocolo ao governo regional aberto a sugestões e com o desejo de chegar a um acordo entre os dois governos, em suas palavras.

"Vamos conversar internamente, com as autoridades legais e hoje, se não me engano, o próprio presidente das Ilhas Canárias, Fernando Clavijo, disse que conversamos hoje sobre a realização de reuniões na próxima semana, com o objetivo de avançar no cumprimento dessa decisão, que realmente temos que cumprir", disse ele.

Ele expressou confiança de que eles poderão dar "a melhor resposta possível a uma situação de superlotação" e se comprometeu a fazer isso em colaboração e cooperação com as Ilhas Canárias.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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