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MADRID 4 dez. (EUROPA PRESS) -
O New York Times processou na quinta-feira o Departamento de Defesa dos Estados Unidos por causa das últimas restrições impostas ao trabalho da mídia - incluindo a revogação de credenciais - que violariam a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de imprensa.
A ação judicial, que foi apresentada hoje, observa que as restrições do Pentágono ao trabalho da mídia "é exatamente o tipo de esquema restritivo" contra a liberdade de expressão e de imprensa que a Suprema Corte e o Tribunal de Apelações de Washington já reconheceram como violação da Primeira Emenda.
O New York Times denuncia que, com essas medidas, o Pentágono "fecha suas portas" para a mídia e para os cidadãos que buscam investigar e relatar as ações desse departamento e pede em seu processo que essas restrições, que já entraram em vigor em outubro, não sejam aplicadas.
A nova política do Pentágono exige que os jornalistas assinem um formulário de 21 páginas que estabelece limites rígidos para seu trabalho, fontes e outros materiais de notícias, e até mesmo aumenta a possibilidade de sanções, incluindo a retirada do credenciamento, por solicitar informações confidenciais.
Desde que essas regras se tornaram conhecidas, vários meios de comunicação se recusaram a aceitá-las, não apenas o New York Times, mas também redes como NBC, ABC, CNN e Fox News, onde o atual secretário de Defesa, Pete Hegseth, trabalhou como colaborador até ser chamado por Donald Trump para fazer parte de sua administração.
Hegseth assumiu o cargo em janeiro, após um difícil processo de confirmação no Senado, no qual teve de enfrentar acusações sobre seu passado, marcado pelo consumo excessivo de álcool e agressão sexual, que ele negou.
Sua primeira medida ao assumir o cargo foi tentar demitir um repórter veterano do Pentágono da NBC que participou da cobertura de seu processo de confirmação. Posteriormente, vários meios de comunicação foram destituídos de seus espaços de trabalho na sede do departamento e entregues a outros conservadores.
O Pentágono argumenta que essas novas restrições têm o objetivo de evitar vazamentos que possam prejudicar a segurança nacional e as ações do departamento.
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