MADRID, 19 nov. (EUROPA PRESS) -
O governador do estado do Texas, Greg Abbott, anunciou na terça-feira a inclusão da organização islâmica Irmandade Muçulmana e do Conselho de Relações Americano-Islâmicas (CAIR) em sua lista de grupos "terroristas".
"Hoje eu designei a Irmandade Muçulmana e o Conselho de Relações Americano-Islâmicas como organizações terroristas estrangeiras e organizações criminosas transnacionais", disse ele em sua conta na rede social X, em uma mensagem acompanhada da proclamação.
A medida, indicou o republicano na mesma plataforma, proíbe essas duas entidades de "comprar ou adquirir terras no Texas", ao mesmo tempo em que autoriza o Gabinete do Procurador-Geral a "iniciar procedimentos legais para fechá-las".
O governador baseou sua decisão, entre outros motivos, nos vínculos da Irmandade Muçulmana com "grupos que realizam terrorismo internacional" e nos ataques de 7 de outubro de 2023 em território israelense realizados por seu "ramo palestino", o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que deixou vítimas americanas.
No caso da CAIR, Abbott disse que a organização "foi fundada como um grupo de fachada para o Hamas e sua rede de apoio nos Estados Unidos". A organização, acrescentou, foi considerada uma "co-conspiradora não indicada" em um caso de financiamento de terrorismo no qual, segundo ele, um tribunal federal concluiu que havia "provas suficientes para estabelecer" sua associação com o Hamas.
A organização reagiu ao anúncio em sua conta no X, onde chamou a acusação do governador do Texas de "difamatória", alegando que ela "carece de base legal e factual", e criticou Abbott por "priorizar Israel e alimentar a histeria antimuçulmana para difamar os muçulmanos americanos que criticam o governo israelense".
O CAIR disse que está "pronto para processá-lo se ele tentar transformar esse golpe publicitário em uma política real", lembrando que já fez isso "com sucesso em três ocasiões".
"Vejo você no tribunal novamente, se você ousar", disse o CAIR, que se apresentou como "uma voz independente que responde ao povo americano, depende de seu apoio e se opõe a todas as formas de violência injusta, incluindo crimes de ódio, limpeza étnica, genocídio e terrorismo".
A declaração de organizações como grupos terroristas geralmente é responsabilidade do governo federal, embora Abbott já tenha incluído a gangue Tren de Aragua nesse registro no ano passado, alguns meses antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, fazer o mesmo em fevereiro de 2025.
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