MADRID 6 jun. (EUROPA PRESS) -
O Supremo Tribunal Federal do Brasil rejeitou nesta sexta-feira uma nova tentativa do ex-presidente Jair Bolsonaro de paralisar o processo relacionado ao plano golpista com o qual pretendia se manter no poder após as eleições de 2022, cuja fase de investigação começa na próxima semana, quando se espera que ele compareça.
A defesa argumentou que não teve acesso a todas as provas reunidas pela polícia e pela acusação e que deveria ouvir primeiro os depoimentos dos outros réus para preparar suas defesas caso emitam declarações contra o ex-presidente brasileiro.
No entanto, o juiz responsável pelo julgamento, Alexandre de Moraes, sustenta que todas as provas estão disponíveis, que o novo material "em nada altera os fatos imputados aos acusados" e que, se quisesse colher depoimentos dos outros réus, deveria ter incluído esses nomes em sua lista de declarantes.
"Se as testemunhas mencionadas (...) tivessem sido consideradas importantes para a defesa do acusado Jair Bolsonaro, deveriam ter sido incluídas no momento processual adequado", afirmou o magistrado, segundo o site G1.
Bolsonaro pode pegar até 40 anos de prisão na pior das hipóteses por um complô para mantê-lo no poder após as eleições de 2022, do qual cerca de 30 pessoas, incluindo ministros e membros do alto escalão das forças armadas e da polícia, teriam participado em diferentes graus.
O ex-presidente, juntamente com outras sete pessoas, faz parte do núcleo principal desse complô, pelo qual são acusados de associação criminosa, tentativa de abolir violentamente o Estado de Direito, golpe de Estado e danos à propriedade, culminando na tentativa de assumir o controle das instituições em 8 de outubro de 2023.
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