MADRID 21 nov. (EUROPA PRESS) -
O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ordenou a prisão do deputado e ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem após sua condenação a 16 anos de prisão pelo plano de golpe de 2022 liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O parlamentar teria deixado o Brasil em setembro, mesmo mês em que os membros do primeiro grupo de réus da tentativa de golpe estavam sendo julgados. A Polícia Federal está investigando, de acordo com fontes de 'O Globo', se ele fugiu para o exterior pela fronteira com a Venezuela ou com a Guiana.
Isso ocorre depois que o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pediu a prisão do juiz De Moraes na quarta-feira, dada a possibilidade de que ele pudesse se evadir da justiça brasileira, embora o magistrado já tivesse decretado sua prisão - que não foi tornada pública - após um pedido confidencial da Polícia Federal.
O portal de notícias Plató BR publicou imagens de Ramagem em um apartamento de luxo em Miami, nos Estados Unidos. De acordo com o Plató BR, o ex-chefe de inteligência viajou para Boa Vista, capital do estado de Roraima, no extremo norte do Brasil, onde ele e sua esposa foram delegados da Polícia Civil e da Polícia Federal, respectivamente.
Ramagem, que foi proibido de deixar o país devido à sua condenação pelo golpe, teria atravessado a fronteira de Boa Vista para fugir do país. A Câmara dos Deputados informou que não foi notificada de sua saída.
O deputado foi um dos condenados pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal pelos crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ramagem utilizou a estrutura da agência de inteligência para arquitetar o plano de golpe.
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