MADRID 2 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, ordenou a preservação da documentação e de todos os elementos materiais relacionados à operação policial na qual 121 pessoas morreram na última terça-feira no Rio de Janeiro, respeitando a cadeia de custódia.
A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública da União para preservar qualquer indício de crime e garantir a independência técnica da prova pericial em casos de crimes contra a vida, informa o jornal 'O Glovo'.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, pró-Bolsonaro, responsável final pela ação policial, deverá ser intimado neste domingo para garantir o cumprimento da ordem judicial.
O juiz pediu a Castro que apresente informações detalhadas sobre a operação, incluindo a justificativa formal para o grau de força utilizado, o número de policiais envolvidos, as armas utilizadas e o número total de mortos, feridos e presos. Ele também solicitou gravações de câmeras corporais e atenção às vítimas.
As organizações civis denunciaram a tortura e as execuções sumárias durante a operação policial na favela da Penha, que durante os protestos subsequentes foi descrita como um "massacre". Pelo menos um dos corpos foi decapitado e outros tinham ferimentos de faca ou estavam amarrados.
Formalmente, os 2.500 agentes envolvidos estavam buscando atingir a organização criminosa Comando Vermelho. O governo estadual disse na sexta-feira que 42 dos 99 suspeitos identificados até agora tinham mandados de prisão pendentes e pelo menos 78 tinham registros criminais extensos. No entanto, o gabinete do promotor não acusou nenhum deles.
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