MADRID 9 jun. (EUROPA PRESS) -
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil está realizando a partir de segunda-feira as audiências do chamado "núcleo crucial" do plano de golpe de 2022 para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após as eleições de outubro desse ano.
O primeiro a ser ouvido será seu antigo confidente - agora colaborador da justiça - o tenente-coronel Mauro Cid, cujo nome vem aparecendo em várias das investigações que foram abertas contra Bolsonaro.
Justamente durante sua prisão por suposta falsificação de cartões de vacinação contra a COVID-19 e a análise de seus telefones, as autoridades encontraram evidências dessa suposta conspiração para manter Bolsonaro no poder.
Cid foi escolhido para ser o primeiro a se apresentar devido ao acordo de colaboração que assinou com a Polícia Federal. Os outros sete deporão em ordem alfabética, de modo que Bolsonaro será o sexto a depor.
Bolsonaro pode pegar até 40 anos de prisão na pior das hipóteses por um complô para mantê-lo no poder após as eleições de 2022, no qual cerca de 30 pessoas, incluindo ministros e membros do alto escalão das forças armadas e da polícia, teriam participado em diferentes graus.
O ex-presidente, juntamente com outras sete pessoas, faz parte do núcleo principal desse complô, pelo qual são acusados de associação criminosa, tentativa de abolir violentamente o Estado de Direito, golpe de Estado e danos à propriedade, culminando na tentativa de assumir o controle das instituições em 8 de outubro de 2023.
Os ex-ministros Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto, Augusto Heleno Riberio e Anderson Torres, todos exceto generais do exército, bem como o ex-chefe de inteligência Alexandre Ramagem e o ex-comandante da marinha Almir Garnier, também devem depor.
Uma vez concluída essa etapa, a acusação e a defesa poderão solicitar procedimentos adicionais. Depois disso, será concedido um período de quinze dias para a apresentação de argumentos finais e o caso poderá ser levado a julgamento perante a Primeira Câmara da Suprema Corte.
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