MADRID 31 jul. (EUROPA PRESS) -
O Supremo Tribunal Federal (STF) demonstrou sua "solidariedade" ao juiz Alexandre de Moraes, que instrui o processo judicial contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (2019-2023) por tentativa de golpe, e defendeu suas decisões após as novas sanções impostas pelos Estados Unidos, argumentando que o julgamento de crimes como esse são de "competência exclusiva" do sistema judiciário brasileiro.
"A Corte manifesta sua solidariedade ao ministro Alexandre de Moraes", diz a nota publicada em seu site, onde defende que "todas as decisões tomadas pelo investigador do processo foram confirmadas pelo órgão colegiado competente".
Nesse sentido, declarou que "o julgamento de crimes que impliquem em grave atentado contra a democracia brasileira é de competência exclusiva do sistema de justiça do país, no exercício independente de sua função constitucional", diante da imposição de sanções ao juiz pelo governo de Donald Trump por, supostamente e entre outras coisas, realizar "processos politizados, inclusive contra Bolsonaro".
O tribunal brasileiro advertiu que, nos processos criminais envolvendo o ex-presidente e outros por um golpe de Estado após as eleições de 2022 vencidas pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, encontrou "sérios indícios da prática de (...) crimes, incluindo um plano para assassinar autoridades públicas", em referência a Lula, ao vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, e ao próprio De Moraes.
"A Suprema Corte não se desviará de seu papel de cumprir a Constituição e as leis do país, que garantem a todos os envolvidos o devido processo legal e um julgamento justo", enfatizou o tribunal.
O texto divulgado pelo STF veio horas depois de o governo Trump anunciar sanções contra o juiz De Moraes, dizendo que ele "usou sua posição para autorizar a prisão preventiva arbitrária e suprimir a liberdade de expressão".
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que o juiz "arrogou para si o papel de juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas norte-americanas e brasileiras" e considerou que "ele é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados, inclusive contra Bolsonaro".
A nova medida ocorre poucos dias depois de o Departamento de Estado ter revogado o visto do juiz e de sua família imediata para a imposição de medidas cautelares contra Bolsonaro por financiar um complô nos Estados Unidos para defender sua inocência.
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