Publicado 08/06/2025 08:15

Sumar pede ao governo que tome medidas concretas na UE e na ONU contra as sanções de Trump ao Tribunal Penal Internacional.

Archivo - Arquivo - 29 de junho de 2019, Japão, Osaka: O príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (da esquerda para a direita, primeira fileira), o presidente argentino Mauricio Macri, a rainha Máxima dos Países Baixos, o primeiro-ministro japonês Sh
Lukas Coch/AAP/dpa - Archivo

MADRID 8 jun. (EUROPA PRESS) -

O grupo parlamentar Sumar apresentou uma proposta não legislativa no Congresso, para debate e aprovação no Comitê de Relações Exteriores, na qual pede ao governo do qual fazem parte ações concretas na União Europeia e no resto do mundo contra as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, ao Tribunal Penal Internacional (TPI).

Em 6 de fevereiro, Trump emitiu uma ordem executiva impondo sanções contra o ICC e seu promotor-chefe, Karim Khan, depois que o tribunal emitiu mandados de prisão em novembro para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Palestina.

A decisão dos EUA afirma que qualquer pessoa ou organização estrangeira que auxilie o TPI na investigação, prisão, detenção, prisão ou processo de uma "pessoa protegida" sem o consentimento do país de nacionalidade dessa pessoa pode ser sancionada. As sanções incluem o congelamento de bens dos EUA e a proibição de entrada no país tanto para os sancionados quanto para suas famílias. Além disso, elas punem aqueles que fornecem assistência material, patrocínio ou apoio financeiro, material ou tecnológico ao Tribunal.

Pessoas protegidas" significa cidadãos e militares dos EUA, bem como quaisquer cidadãos ou residentes legais de países aliados dos EUA, incluindo membros da OTAN e aliados importantes fora da organização, como Israel, Filipinas, Argentina, Brasil, Japão e Egito, explica Sumar em seu PNL, ao qual a Europa Press teve acesso.

TESTEMUNHAS E DELATORES DEVEM SER PROTEGIDOS

"A medida não apenas dificulta o trabalho do Tribunal Penal Internacional, mas também coloca em risco testemunhas, sobreviventes, funcionários judiciais e organizações aliadas à justiça internacional, além de afetar as investigações em andamento. As sanções impostas pelo governo Trump dificultarão o acesso à justiça para todas as vítimas que dependem do TPI", argumentam.

Após a ordem executiva de Trump, os ministros das Relações Exteriores da UE declararam seu "apoio inabalável" ao TPI, mas, para Sumar, "é necessário ir além e traduzir esse apoio em ações concretas para defender o TPI, como a adoção de legislação para proteger indivíduos e empresas da ameaça das leis de sanções dos EUA, bem como a cooperação total com o Tribunal, incluindo a prisão e a transferência de indivíduos sujeitos a mandados de prisão".

Por todos esses motivos, o grupo multinacional pede ao Congresso dos Deputados que expresse sua "profunda preocupação e rejeição" às sanções impostas contra o TPI, pois "elas são um ataque direto à justiça internacional e à luta contra a impunidade por crimes sob o direito internacional", ao mesmo tempo em que expressa sua solidariedade ao promotor Karim Kham.

Eles também pedem que o governo tome medidas oportunas e concretas, tanto em nível da UE quanto da ONU, para continuar a defender e apoiar o TPI "para proteger indivíduos e empresas da ameaça de leis punitivas, bem como para garantir total cooperação com o Tribunal, incluindo a prisão e a transferência de pessoas sujeitas a mandados de prisão".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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