MADRID 23 nov. (DPA/EP) -
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, pediu a Andrew Mountbatten-Windsor que compartilhasse todos os detalhes em seu poder relacionados ao caso do falecido empresário Jeffrey Epstein, condenado por comandar uma rede de prostituição e acusado, antes de sua morte por suicídio, de tráfico de crianças, depois que o ex-príncipe Andrew se recusou a testemunhar como parte da investigação.
Embora Starmer não tenha feito alusão direta ao irmão do rei Carlos III, ele argumentou que, como um "princípio geral", qualquer pessoa com "informações relevantes" sobre o caso deveria estar "preparada para divulgá-las".
"Não vou comentar sobre seu caso específico. Mas o princípio geral que defendo há muito tempo é que qualquer pessoa que tenha informações relevantes em relação a esse tipo de caso deve fornecer essas evidências àqueles que precisam delas. Essa é a minha posição geral sobre o assunto", disse o primeiro-ministro britânico, segundo a dpa, de Johanesburgo (África do Sul), onde está sendo realizada a cúpula do G20.
Apesar de negar repetidamente o envolvimento em qualquer irregularidade, o rei Carlos III retirou oficialmente o título de príncipe de seu irmão Andrew no início deste mês, conforme anunciado anteriormente pela família real britânica, em meio a contínuas alegações e suspeitas sobre suas ligações com o criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein.
A confirmação veio apenas uma semana depois que a família real britânica iniciou o processo formal para retirar os títulos de Andrew, que também foi expulso da mansão onde morava em Windsor, no oeste de Londres, em uma ação que foi defendida como "necessária", apesar de sua contínua negação das alegações contra ele.
O próprio Andrew havia anunciado em outubro que estava renunciando a seus títulos, incluindo o de duque de York, acreditando que "as alegações contínuas" contra ele estavam "distraindo" o trabalho do rei e da família real. Já em 2019, ele anunciou que estava desistindo de suas atividades públicas devido ao escândalo.
Epstein foi preso em julho de 2019 sob a acusação de abusar sexualmente e traficar dezenas de meninas no início dos anos 2000. O milionário, que em determinado momento chegou a conviver com personalidades como o príncipe Andrew da Inglaterra - filho de Elizabeth II -, Bill Clinton e Donald Trump, foi encontrado enforcado em sua cela.
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