MADRID 16 abr. (EUROPA PRESS) -
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, assegurou nesta terça-feira que os tomates mexicanos "continuarão sendo exportados para os Estados Unidos porque não há substituto", embora os consumidores desse país "pagarão (21%) a mais" por eles, depois que a Casa Branca anunciou que esse novo imposto 'antidumping' entrará em vigor a partir de 14 de julho.
"Mesmo que essa sanção fosse aplicada, os tomates mexicanos continuariam a ser exportados para os Estados Unidos porque não há substituto. O principal problema seria o fato de os tomates ficarem mais caros nos Estados Unidos. Se eles não quiserem fazer isso, simplesmente pagarão 21% a mais por seus tomates. Esse processo já foi feito muitas vezes e o México sempre venceu", declarou ele em uma coletiva de imprensa, depois de lembrar que há um prazo de 90 dias para o diálogo com as autoridades do país vizinho.
Sheinbaum especificou que o produto afetado por essa tarifa é um tomate do estado de Sinaloa, na costa oeste, e de outras áreas do país latino-americano, e defendeu a ausência de "dumping" entre os produtores mexicanos, alegando que o baixo preço desses tomates se explica porque é o "preço de produção sem subsídio do Estado".
Ele também minimizou a importância da medida porque já existem processos semelhantes: "Eles são exemplos do que normalmente acontece nesses processos. Em todo caso, o México sempre tem a possibilidade de aplicar essa sanção no caso do frango ou no caso do processo da carne suína que está em andamento".
Apesar disso, o presidente mexicano criticou o fato de que essa decisão anunciada no início desta semana pela administração de Donald Trump "não foi notificada ao governo mexicano". "Os advogados dos produtores de tomate nos Estados Unidos foram notificados. Isso está errado", acrescentou.
Na mesma linha, o ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Julio Berdegué, se manifestou durante a coletiva de imprensa, assegurando que a consequência do novo imposto, "se for aplicado, porque ainda faltam 90 dias, é que seus tomates ficarão mais caros, suas saladas, seu ketchup e tudo mais ficará mais caro".
"Eles não podem nos substituir porque não há outros países que produzam essa quantidade de tomates excelentes a um preço muito conveniente; se eles quiserem fazer isso, simplesmente pagarão 21% a mais por seus tomates", acrescentou.
O Departamento de Comércio dos Estados Unidos anunciou no dia anterior a imposição de uma tarifa "antidumping" de 20,91% sobre a maioria das importações de tomates do México, que entrará em vigor em 14 de julho de 2025 e que foi justificada com base nos "preços injustos" desse produto.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático