MADRID 4 nov. (EUROPA PRESS) -
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, qualificou de "desproporcional" a decisão do Peru de romper relações diplomáticas em resposta ao asilo concedido na embaixada de Lima à ex-primeira-ministra Betssy Chávez, processada por rebelião no autogolpe do ex-presidente Pedro Castillo, em 2022.
"Do nosso ponto de vista, é desproporcional, mas é uma decisão que eles tomam", disse o presidente mexicano, que explicou que se trata de uma decisão unilateral do Peru e limitada à esfera diplomática, mas não às esferas consular ou comercial. "É uma decisão deles", disse ela.
Sheinbaum ressaltou que eles estão aguardando a notificação oficial das autoridades mexicanas, pois até o momento só estão cientes da decisão por meio de declarações na mídia.
No dia anterior, o governo peruano emitiu um comunicado nas redes sociais anunciando a decisão de romper relações diplomáticas com o México devido às "repetidas ocasiões" em que este interveio em seus assuntos internos, em uma clara alusão às declarações contra a prisão de Castillo em dezembro de 2022.
A esse respeito, Sheinbaum reiterou nesta terça-feira em uma coletiva de imprensa que a prisão foi "injusta" e teve um caráter marcadamente político e discriminatório. "Sempre dissemos isso e demos asilo à família dele aqui", disse ela, referindo-se à esposa e aos filhos do ex-presidente Castillo.
Na mesma coletiva de imprensa, o subsecretário de Relações Exteriores do México, Roberto Velasco, explicou que a decisão do México de conceder asilo a Chávez está protegida por sua própria legislação e por convenções internacionais, e que foi decidido concedê-lo a ela por considerar que ela estava sendo perseguida politicamente.
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