MADRID 24 nov. (EUROPA PRESS) -
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, advertiu as autoridades peruanas na segunda-feira que entrar à força na embaixada mexicana em Lima para prender a ex-primeira-ministra Betssy Chávez, que permanece em asilo em sua legação diplomática, violaria o direito internacional.
"O direito de asilo dessa mulher é o direito de asilo reconhecido pela lei internacional de direitos humanos. É um direito de asilo dentro da estrutura das relações internacionais e de suas leis. E a violação seria muito grave", disse ela em uma coletiva de imprensa.
A presidente enfatizou que pode haver "diferenças", embora "sempre dentro da estrutura do direito internacional". "Isso já aconteceu no Equador", disse ela, lembrando o rompimento das relações diplomáticas com Quito após a prisão do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas e a invasão de sua embaixada pelas forças de segurança.
As palavras de Sheinbaum ocorrem depois que seu homólogo peruano, José Jerí, abriu a porta para uma intervenção direta na embaixada mexicana para prender Chávez, acusado de ser coautor da tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente Pedro Castillo no final de 2022, e contra quem a Suprema Corte emitiu cinco meses de prisão preventiva e um mandado de busca e apreensão.
Jerí garantiu que adiará a decisão de conceder ou não o salvo-conduto a Chávez, pois as autoridades peruanas têm o direito de mostrar seu "desconforto" com o "mau uso do asilo político" do país vizinho.
A promotoria havia solicitado uma sentença de 25 anos de prisão para ela, além de sua desqualificação para cargos públicos por dois anos e meio, acusando-a de suposta coautoria do crime de rebelião contra o Estado.
Castillo, por sua vez, está detido após ter anunciado, em 7 de dezembro de 2022, a dissolução do Congresso e o estabelecimento de um governo de emergência. Seu decreto, que não recebeu nenhum apoio, levou o Parlamento a apoiar uma moção de censura contra ele.
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