MADRID 22 nov. (EUROPA PRESS) -
As autoridades mexicanas anunciaram na sexta-feira a prisão de sete funcionários do setor público por seu suposto envolvimento na morte do presidente municipal de Uruapan, no estado mexicano de Michoacán, Carlos Manzo, para quem trabalhavam como guarda-costas e que foi assassinado durante um evento do Dia dos Mortos no centro do próprio município que governava e depois de receber ameaças do Cartel de Jalisco Nova Geração (CJNG).
"Executamos um mandado de prisão contra sete funcionários públicos do município de Uruapan, por sua provável participação no crime de homicídio agravado, em comissão por omissão, em detrimento do presidente municipal Carlos Alberto Manzo Rodríguez", disse a Procuradoria Geral de Michoacán em uma publicação em sua conta na rede social X.
Entre os presos está Ramón Ángel Álvarez, vulgo 'R1', que passou dez anos na prisão (2012-2022) acusado de até cinco acusações de crime organizado - por sua suposta participação no Cartel Nova Geração de Jalisco - e sequestro, e que as autoridades de segurança mexicanas estão agora considerando como o possível mandante do assassinato de Manzo, de acordo com o jornal mexicano 'El Universal'.
Essas prisões se somam à do líder do mesmo CJNG, Jorge Armando Gómez Sánchez, vulgo "El Licenciado", também considerado o suposto mandante do assassinato do prefeito de Uruapan, conforme relatado no dia anterior pelo secretário de Segurança e Proteção ao Cidadão, Omar García Harfuch.
"A análise meticulosa das evidências e a coordenação interinstitucional nos permitiram avançar decisivamente na investigação e resultaram na prisão de Jorge Armando N., identificado como um dos autores intelectuais e um dos líderes da célula criminosa", explicou Harfuch em uma aparição pública.
No âmbito dessa investigação, a identidade de duas outras pessoas envolvidas no assassinato de Carlos Manzo também foi obtida: Fernando Josué N. e Ramiro N., "encontrados mortos na rodovia Uruapan-Paracho, aparentemente para impedir o desenvolvimento das investigações", de acordo com o secretário. Ambos haviam entrado em contato com Víctor Manuel N., o autor material dos disparos que mataram o prefeito, algumas horas antes do tiroteio e, posteriormente, do tiroteio com o próprio agressor.
O ataque ocorreu por volta das 20h10, horário local, no sábado, 1º de novembro, logo após a inauguração do Festival de las Velas, de acordo com o chefe da Procuradoria Geral do Estado (FGE), Carlos Torres Piña.
Manzo foi atingido por seis tiros e foi levado vivo em uma ambulância para o Hospital Fray Juan de San Miguel, onde morreu. Outro político, Víctor Hugo, também foi ferido e está fora de perigo. O centro da cidade de Uruapan foi evacuado.
"No local do incidente, um dos assaltantes foi morto a tiros; uma pistola nove milímetros foi apreendida, bem como sete cápsulas de percussão", disse Torres Piña.
Esse assassinato abalou a vida política mexicana, pois a oposição lembra que Manzo havia pedido proteção adicional às autoridades federais, proteção essa que nunca chegou, apesar das ameaças recorrentes de organizações criminosas.
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