Europa Press/Contacto/Will Oliver - Pool via CNP
MADRID 30 nov. (EUROPA PRESS) -
O senador democrata Mark Kelly advertiu no domingo que os ataques militares dos Estados Unidos contra supostos barcos de tráfico de drogas em águas caribenhas poderiam constituir um crime de guerra, especialmente se forem confirmados os relatos de segundos bombardeios contra traficantes supostamente feridos.
"Parece que sim", disse Kelly à CNN quando lhe perguntaram se ele acreditava que o segundo ataque era um crime de guerra. Kelly está na Marinha dos EUA há 25 anos.
"Se o que foi dito for verdade, suspeito fortemente que alguém nessa cadeia de comando cruzou uma linha que nunca deveria ter cruzado", acrescentou.
Kelly disse que não teria obedecido a uma ordem para realizar um segundo ataque. "Não. Não", disse ele em resposta às perguntas do entrevistador, "e eu sou um cara que afundou dois navios.
Os relatórios referem-se ao ataque a um barco em 2 de setembro, quando os militares aparentemente realizaram um segundo ataque após perceberem que o primeiro não havia matado todas as pessoas a bordo.
O Washington Post chegou a informar que o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, ordenou "matar todo mundo". Esse foi o primeiro de uma série de ataques que, até o momento, já causaram mais de 80 mortes no Caribe e no Pacífico.
Hegseth respondeu às reportagens na sexta-feira, dizendo que o ataque foi "legal de acordo com as leis americanas e internacionais". A notícia é "falsa, inflamatória e pejorativa" e busca "desacreditar nossos guerreiros sensacionais que lutam para proteger a pátria", de acordo com Hegseth.
Kelly e cinco outros congressistas democratas divulgaram recentemente um vídeo lembrando aos militares que eles têm a obrigação de desobedecer a quaisquer ordens ilegais, atraindo a ira do presidente Donald Trump.
Além disso, os senadores Roger Wicker (republicano) e Jack Reed (democrata) anunciaram a abertura de uma investigação sobre esses ataques.
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