Publicado 17/12/2025 22:34

Senado brasileiro aprova lei que reduz penas para condenados por tentativa de golpe

Archivo - Arquivo - Apoiadores de Bolsonaro nas ruas de Brasília após o ataque às instituições democráticas.
TELAM - Arquivo

MADRID 18 dez. (EUROPA PRESS) -

O Senado brasileiro aprovou na quarta-feira um projeto de lei para reduzir as penas dos condenados por participarem da tentativa de golpe liderada pelo ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, que já começou a cumprir sua sentença de mais de 27 anos de prisão. O principal alvo era Luiz Inácio Lula da Silva, que na época estava no poder e ainda está no Palácio do Planalto, que poderia vetar essa proposta.

Com 48 votos a favor, 25 contra e uma abstenção, a Câmara dos Deputados aprovou o chamado projeto de lei da dosimetria, em referência ao princípio da proporcionalidade penal. A lei permitiria que criminosos condenados cumprissem, como regra geral, pouco mais de 16% de suas sentenças, de acordo com a própria agência do Senado.

Da mesma forma, em determinadas circunstâncias, os condenados cumpririam entre 20% e 70% de suas penas, dependendo de se enquadrarem em um dos dez casos descritos, que incluem participação em organização criminosa, reincidência ou cometimento de crimes como feminicídio pela primeira vez.

A chegada do texto ao Senado, após sua aprovação na Câmara dos Deputados, levantou dúvidas em ambos os lados do espectro político sobre a possibilidade de a lei beneficiar os condenados por crimes violentos não relacionados à tentativa de golpe, um temor reconhecido pelo relator do projeto de lei na Câmara, Esperidião Amin - do partido de direita Progresistas - que apontou que era necessário introduzir uma mudança.

Nesse contexto, Amin aceitou uma modificação para limitar o impacto das reduções para os envolvidos na conspiração do golpe, mas a tratou como uma emenda de redação e não como uma emenda substantiva, que teria enviado o texto de volta à Câmara dos Deputados.

Dessa forma, o responsável pela proposta no Senado defendeu a lei argumentando que ela busca "corrigir distorções" devido a uma mão judicial "muito severa".

Amin afirmou que o projeto de lei é o primeiro passo para uma futura anistia, mas defendeu que "a narrativa de que se trata de um 'escudo amplo' ou qualquer outra expressão semelhante não é verdadeira".

Após a aprovação em ambas as câmaras, o projeto de lei depende da sanção do presidente Lula, que deve vetar a lei, de acordo com veículos de mídia como o grupo Globo e o jornal 'Folha'.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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