JOANESBURGO 23 nov. (Do enviado especial da EUROPA PRESS, Daniel Blanco) -
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, pediu aos líderes do G20 mais controle e supervisão da inteligência artificial para reduzir o risco de novas ameaças que seu uso poderia representar, por exemplo, no mercado de trabalho.
No segundo dia da cúpula realizada em Joanesburgo (África do Sul), o chefe de governo também destacou que, dada a crescente demanda por minerais críticos, essenciais para a industrialização verde, é preciso evitar que sua exploração se torne uma fonte de desigualdade.
Durante seu discurso no último dia de trabalho da cúpula, intitulado "Um futuro justo para todos, minerais críticos, trabalho decente e inteligência artificial", Sánchez destacou que uma tecnologia tão poderosa, em referência à IA, não pode ser deixada ao acaso e deve servir para fortalecer as democracias, e não enfraquecê-las.
Nesse sentido, ele pediu uma regulamentação internacional dessa questão, com um papel importante para as Nações Unidas, para lidar com os riscos globais que ela pode gerar e para distribuir seus benefícios de forma justa.
Na mesma linha, ele alertou sobre os efeitos que os processos de automação e digitalização podem ter no mundo do trabalho e defendeu o fortalecimento da negociação coletiva e da proteção local, bem como o investimento em treinamento para os trabalhadores. O objetivo, segundo ele, é construir mercados de trabalho inclusivos que garantam a dignidade das pessoas.
Com relação aos materiais raros, Sánchez alertou que a demanda por eles está aumentando à medida que a industrialização verde se desenvolve, mas eles não devem se tornar uma fonte de fragmentação e desigualdade. Ele pediu a regulamentação das cadeias de suprimentos para uma economia global equilibrada.
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