Ele acusa a PP e a Vox de ficarem "em silêncio" diante das ameaças de Trump de uma guerra comercial.
SANTANDER, 16 mar. (EUROPA PRESS) -
O presidente do governo, Pedro Sánchez, defendeu o aumento dos gastos com defesa porque "somente a Europa saberá como proteger e cuidar da Europa" e pediu "solidariedade" com os países próximos à Rússia que podem sofrer um ataque, como é o caso da Finlândia.
"O que está em jogo não é simplesmente uma guerra ou uma invasão. Há algo muito mais do que isso, que seria importante por si só, e é o fato de que a ordem multilateral está em jogo. É uma ordem baseada em regras, em princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas, como o respeito à integridade territorial dos povos, o respeito e o direito dos povos de existir, de decidir livremente o que querem ser", disse ele no domingo, no encerramento do Congresso do PSOE na Cantábria.
Sánchez garantiu que uma paz "justa e duradoura" está sendo buscada na Ucrânia, onde "a paz é urgente, mas não ao custo de recompensar o agressor, que abrirá a porta para futuras agressões ainda mais graves". "Se a Ucrânia quer fazer parte da União Europeia, a Rússia tem que respeitar o que a Ucrânia quer ser", enfatizou.
Por esse motivo, ele pediu medidas "decisivas" para proteger a Europa com valores europeus e solidariedade entre os países. "Evidentemente, a defesa no leste ou no leste da Europa não tem nada a ver com os desafios de segurança que enfrentamos na Espanha. Não vamos sofrer um ataque físico da Rússia, como alguns dos países bálticos ou nórdicos, como a Finlândia, podem sofrer. Eles precisam de nossa solidariedade e precisam e exigem que juntos aumentemos nossa capacidade de segurança para dissuadir a Rússia de perpetrar novas invasões importantes", explicou.
"Não somos pró-europeus apenas por interesse, mas também por convicção. É por isso que vamos demonstrar solidariedade com essas regiões ameaçadas", enfatizou.
PP E VOX, EM SILÊNCIO DIANTE DAS TARIFAS DE TRUMP
Por outro lado, Sánchez acusou o PP e o Vox de serem "silenciosos" diante das ameaças de tarifas dos Estados Unidos e pediu um mundo "aberto" no qual não haja guerras comerciais. "Abrir uma guerra comercial contra a Europa é uma má ideia porque somos o principal bloco comercial do mundo. Se o fizerem, a Europa responderá unida", disse ele.
Nesse sentido, ele destacou que o Vox é "a voz de seu mestre" e, no caso do PP, criticou o fato de que "há muito tempo deixou de ser um partido de direita moderado para ficar sob a tutela da extrema direita". Ele acusou ambos os partidos de terem como lema "tudo pelo dinheiro" e os criticou por "serem fortes com os fracos, mas servis aos poderosos".
"É importante agora ter lideranças seguras à frente do governo espanhol, em oposição àquelas que não são capazes de romper com a ultradireita, que querem destruir a Europa, ou que não são capazes de exigir a renúncia de Mazón em Valência ou Ayuso em Madri", disse ele.
Por sua vez, ele pediu ao PP que explicasse quais serviços públicos serão cortados, pois o criticou por ter votado contra os pagamentos por conta e o cancelamento da dívida de 83.000 milhões de euros. "Eles abandonaram a mesa e deixaram o dinheiro na mesa. Eles não são uma oposição estatal, na verdade não foram, nem são, nem se espera que sejam", enfatizou.
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