BRUXELAS 3 jul. (EUROPA PRESS) -
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, disse que entende o interesse dos Estados Unidos em cuidar de seus arsenais, após a suspensão do fornecimento de armas pelo Pentágono, embora tenha alertado que a ajuda militar de Washington à Ucrânia é essencial e reiterado que é do interesse dos EUA que Kiev não perca a guerra para a Rússia.
"Entendo perfeitamente que os Estados Unidos sempre precisam garantir que seus próprios interesses sejam atendidos. Mas, no que diz respeito à Ucrânia, a curto prazo, não podem prescindir de todo o apoio possível em termos de munições e sistemas de defesa aérea", disse o chefe político da OTAN em comentários à emissora americana Fox News, distribuídos pela organização militar.
Nesse sentido, Rutte presumiu que Washington cuidará da situação de seus arsenais. "Devemos permitir alguma flexibilidade", disse ele, enfatizando que os países europeus estão comprometidos com a assistência militar à Ucrânia e que o ônus foi transferido para a Europa em termos de fornecimento de armas.
"Isso está acontecendo, mas não podemos prescindir do apoio prático dos Estados Unidos. Também é do interesse dos Estados Unidos que a Ucrânia não perca essa guerra e não tenha uma Rússia crescente na fronteira da Europa", disse ele.
O líder da OTAN enfatizou que uma Europa "segura" significa aprofundar a segurança coletiva da área euro-atlântica. "Tudo isso está completamente conectado", observou ele.
O Pentágono informou que a suspensão da ajuda a Kiev faz parte de uma "revisão de capacidades" para evitar déficits no arsenal dos EUA. Apesar dessa manobra, o governo de Donald Trump insiste em seu compromisso com a segurança da Ucrânia.
Do lado da UE, a porta-voz de relações exteriores Anitta Hipper disse que era "essencial" manter o apoio militar à Ucrânia em face da intensificação dos ataques russos e insistiu que a UE continuaria a trabalhar com Washington para fornecer mais apoio à Ucrânia.
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