BRUXELAS 18 dez. (EUROPA PRESS) -
O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, disse nesta quinta-feira que as garantias de segurança propostas para a Ucrânia têm três camadas de proteção e envolvem os Estados Unidos, que estão discutindo o papel que desempenharão no plano para a segurança futura da Ucrânia no cenário pós-guerra.
"Como estão sendo projetadas atualmente, essas garantias têm três camadas", disse Rutte em comentários da Polônia, onde visitou o batalhão multinacional da OTAN liderado pelos EUA.
A primeira camada das garantias serão as próprias Forças Armadas da Ucrânia, disse o chefe político da OTAN, em um momento em que Kiev e os parceiros europeus estão buscando que a Ucrânia tenha o maior exército ucraniano possível diante da exigência da Rússia de limitar seu tamanho.
De acordo com Rutte, a segunda linha de garantias de segurança será composta por tropas estrangeiras da coalizão dos dispostos, liderada pelo Reino Unido e pela França, "para assegurar que a paz seja mantida".
A camada final dessas garantias seria o papel que os Estados Unidos poderiam desempenhar, que as autoridades ucranianas esperam que contribua pelo menos em termos de inteligência e logística. "O presidente dos EUA disse em agosto que quer que os EUA façam parte dessas garantias de segurança. No momento, continuam as conversas sobre o que isso significaria exatamente", disse ele.
De qualquer forma, enquanto o debate continua sobre o formato exato de tais garantias, o ex-primeiro-ministro holandês enfatizou a importância de se chegar a um acordo sobre esse plano, já que a OTAN e os aliados da Ucrânia precisam ser capazes de impedir futuras agressões russas. O presidente russo, Vladimir Putin, "precisa saber que, após um acordo de paz, se ele tentar atacar a Ucrânia novamente, a reação será devastadora", disse Rutte, que resumiu que, com esse objetivo em mente, "é assim que as garantias de segurança estão sendo projetadas".
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