MADRID 8 maio (EUROPA PRESS) -
O governo russo disse nesta quarta-feira que a trégua temporária declarada pelo presidente russo, Vladimir Putin, será uma "prova" das "intenções" de paz da Ucrânia, que voltou a insistir em seu plano de cessar-fogo de 30 dias.
"O comportamento das forças armadas ucranianas durante o cessar-fogo de 72 horas de 8 a 10 de maio (...) será uma prova de suas intenções pacíficas", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, Maria Zakharova, que reiterou que Kiev "é o único obstáculo para um cessar-fogo".
Nesse sentido, ela alegou que as autoridades ucranianas "violam os acordos e não estão dispostas a discutir seriamente os termos de um cessar-fogo de longo prazo", de acordo com a pasta diplomática em seu site.
Zakharova disse que Moscou "nunca se opôs a um cessar-fogo", acrescentando que apoiou a iniciativa do presidente dos EUA, Donald Trump, de uma pausa de 30 dias nas instalações de energia e declarou uma trégua durante a Páscoa.
"Infelizmente, Kiev sabotou ambos. As Forças Armadas da Ucrânia violaram a moratória 136 vezes e o cessar-fogo da Páscoa quase 5.000 vezes, o que indica a incapacidade do regime de Kiev de negociar ou que ele não controla seu próprio exército", disse ele.
No entanto, ele esclareceu que o estabelecimento de um cessar-fogo ao longo da linha de frente por "um período de até 30 dias está associado a muitas nuances que precisam ser resolvidas". "É importante garantir o controle efetivo sobre o cumprimento do regime e evitar que esse período seja usado para aumentar o potencial de combate das Forças Armadas da Ucrânia, a mobilização de forças e o fornecimento de armas", enfatizou.
Essas declarações foram feitas horas antes de entrar em vigor o novo cessar-fogo temporário declarado por Putin por ocasião do Dia da Vitória, que marca o aniversário da vitória dos Aliados sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. A trégua começa à meia-noite de quarta e quinta-feira e durará até a meia-noite de sábado e domingo.
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