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Moscou denuncia as tentativas de "um grupo influente de países" de "inviabilizar o processo diplomático".
MADRID, 22 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo russo confirmou nesta segunda-feira um "lento progresso" nas conversações com os Estados Unidos após os últimos contatos realizados em Miami com o objetivo de um possível acordo de paz com a Ucrânia que poria fim à invasão do país europeu, desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem do presidente russo Vladimir Putin.
"O progresso é lento", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Riabkov, observando que isso "é acompanhado por tentativas extremamente prejudiciais e maliciosas de um grupo influente de países para torpedear os esforços e descarrilar o processo diplomático".
Ele pediu a Washington que "resista" a esses supostos esforços e reiterou a disposição de Moscou de "continuar trabalhando dentro da estrutura do que foi acordado em Anchorage", em referência à cúpula realizada em agosto no estado americano do Alasca entre Putin e o inquilino da Casa Branca, Donald Trump.
"Os líderes (russo e americano) definiram os parâmetros e eles continuam absolutamente relevantes. As recentes rodadas de contatos com representantes dos EUA confirmam que a administração americana continua a operar de acordo com o que foi estabelecido em Anchorage", disse ele, de acordo com a agência de notícias russa Interfax.
Riyabkov enfatizou que "é crucial" que Washington "tenha concordado que uma das causas subjacentes do conflito é a expansão assertiva da OTAN em direção às fronteiras da Rússia", embora tenha enfatizado que "isso não significa que não haja respostas a serem dadas pelo lado dos EUA, inclusive no contexto ucraniano".
"O sucesso do diálogo entre os EUA e a Rússia não está predeterminado. Como a administração de Joe Biden deixou as relações com os Estados Unidos em ruínas, normalizá-las exigirá uma quantidade considerável de tempo, um compromisso genuíno de ambos os lados e uma quantidade enorme de esforços", disse ele.
"Ainda temos que nos convencer de que os Estados Unidos realmente embarcaram em um caminho sustentável, afastando-se da hostilidade extrema em relação ao nosso país", disse Riabkov, que observou que "a chave para o progresso nesse caminho deve ser a disposição genuína de Washington para uma cooperação igualitária com o objetivo de reduzir o potencial de conflito, levando em conta os interesses fundamentais da Rússia, sobretudo em nível de segurança".
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