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MADRID, 26 nov. (EUROPA PRESS) -
O governo russo descartou nesta quarta-feira qualquer "concessão" de Moscou no âmbito da proposta apresentada pelos Estados Unidos para um possível acordo de paz na Ucrânia, ao mesmo tempo em que aplaudiu os "esforços" do presidente norte-americano, Donald Trump, para encontrar "soluções razoáveis" para o conflito, desencadeado em fevereiro de 2022 pela ordem de invasão assinada pelo presidente russo, Vladimir Putin.
"Aplaudimos os esforços do governo Trump para encontrar soluções razoáveis e sensatas", disse o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Riabkov, que afirmou que "as várias versões desse plano são uma questão de negociação" e ressaltou que "não se pode falar de concessões ou rendição" por parte da Rússia.
Ele enfatizou que Moscou "está preparada para atingir suas metas estabelecidas, de preferência por meios diplomáticos", de acordo com a agência de notícias russa Interfax. "A questão gira em torno da presença ou ausência de vontade política para implementar estritamente os entendimentos alcançados pelos líderes - referindo-se a Putin e Trump - em Anchorage", disse ele, referindo-se à cúpula de agosto no Alasca.
"Estamos comprometidos com os resultados de Anchorage e continuaremos a agir dentro dessa estrutura", reiterou Riyabkov, enfatizando que a Rússia "está pronta para trabalhar com os materiais à sua disposição" na última proposta dos EUA. "Nossa posição tem sido muito consistente desde o início. Ela aborda vários aspectos da situação atual e se concentra, em grande parte, nas causas subjacentes da crise, com as quais estamos lidando há muito tempo", argumentou.
Por sua vez, Putin disse durante uma reunião no Quirguistão com seu colega bielorrusso Alexander Lukashenko que ele acredita que os EUA "entendem" a complexidade da situação. "Parece-me que existe esse entendimento", disse ele, depois que o líder bielorrusso expressou seu desejo de que Washington reconhecesse que a guerra "é uma questão difícil que exige decisões difíceis".
Putin também disse a Lukashenko que o manteria informado sobre "os esforços para alcançar resultados aceitáveis por meios pacíficos na liderança ucraniana", ao mesmo tempo em que enfatizou os apelos de Minsk por uma solução diplomática para a guerra, conforme relatado pela agência de notícias russa TASS.
As palavras de Riabkov e do presidente russo foram proferidas poucas horas depois de Trump garantir que "espera se reunir em breve" com Putin e com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, embora tenha esclarecido que só o fará "quando o acordo para acabar com essa guerra for definitivo ou estiver em sua fase final".
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