Europa Press/Contacto/Maksim Konstantinov
MOSCOU/BONN 15 dez. (EP/DPA) -
As autoridades russas declararam no domingo que o canal de notícias alemão Deutsche Welle (DW) é uma "organização indesejável", denunciando-o por divulgar "propaganda hostil" contra Moscou.
O Gabinete do Procurador Geral da Rússia tomou essa decisão a pedido do parlamento russo, que considera a mídia como "pioneira da propaganda hostil antirrussa", de acordo com Vasily Piskariov, deputado do partido governista Rússia Unida, que disse que a colaboração com a DW seria punida como uma violação da lei.
Até o momento, o Ministério Público não se manifestou sobre as palavras desse deputado, que preside a Comissão da Duma para a investigação de atos de interferência de outros países nos assuntos internos da Rússia, e o canal em questão não recebeu nenhuma notificação do órgão.
No entanto, a diretora-gerente da DW, Barbara Massing, criticou o anúncio por agravar a situação da mídia no país, já que os funcionários russos da emissora alemã agora enfrentam multas ou até mesmo sentenças de prisão.
Em um comunicado, ela também criticou as medidas mais duras do judiciário russo contra a mídia e disse que não se intimidaria com a "tentativa de silenciar a mídia livre".
"Apesar da censura do governo russo e do bloqueio de nossos serviços, a DW atinge mais pessoas hoje do que nunca com suas ofertas em russo. Continuaremos a informar de forma independente sobre a guerra de agressão contra a Ucrânia e outros tópicos sobre os quais não há quase nenhuma informação disponível na Rússia. Assim, as pessoas podem formar sua própria opinião", explicou.
Desde fevereiro de 2022, quando a invasão em grande escala da Ucrânia pelas forças russas começou, uma proibição de transmissão está em vigor e o site da DW foi bloqueado, enquanto desde março de 2022 a emissora alemã foi considerada um "agente estrangeiro" por Moscou.
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