Lavrov diz que "os dias de Zelensky estão contados" e que Trump quer relações cordiais com a Rússia
MADRID, 26 mar. (EUROPA PRESS) -
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, confirmou na quarta-feira que as conversas entre Washington e Moscou sobre os gasodutos Nord Stream e disse que seria "interessante" ver como os Estados Unidos podem influenciar seus parceiros europeus a não rejeitar o gás russo.
"Será interessante para os norte-americanos exercer sua influência sobre a Europa e forçá-la a não rejeitar o gás russo", disse Lavrov em uma entrevista à televisão estatal russa, relatada pela TASS, na qual ele também não deu mais detalhes sobre o conteúdo das conversas.
"Somente a Rússia e os Estados Unidos estão interessados em restaurar o fornecimento de energia para a Europa", perguntou Lavrov, que criticou os líderes europeus, como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, por dizerem que "nunca" permitirão que o Nord Stream seja restaurado.
Eles são "doentes mentais" ou "suicidas", disse o chefe da diplomacia russa, ressaltando que o fornecimento foi paralisado por motivos políticos e que os custos desde então têm sido muito maiores para a Europa.
O Nord Stream 1 vinha fornecendo gás natural russo para a Alemanha e grande parte da Europa há mais de uma década, enquanto o Nord Stream 2 não havia entrado em operação. No entanto, agora ele tem sido apresentado como parte de um acordo entre Washington e Moscou como parte das negociações para acabar com a guerra na Ucrânia.
Em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia, o governo alemão decidiu interromper qualquer fornecimento por meio do Nord Stream 2, que, assim como o Nord Stream 1, sofreu posteriormente vários incidentes de sabotagem não resolvidos.
GUERRA NA UCRÂNIA
Por outro lado, Lavrov assegurou que os dias do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, "estão contados", depois de uma forte queda de popularidade, uma das várias teorias que Washington e Moscou concordaram em defender desde o retorno de Donald Trump e seu círculo à Casa Branca.
Precisamente, a relação com os Estados Unidos mudou radicalmente em relação à administração anterior do democrata Joe Biden e agora a administração Trump quer que as relações com a Rússia "sejam mutuamente benéficas", ressaltou.
Lavrov explicou que, "sempre que possível", a Rússia e os Estados Unidos vão "evitar que as diferenças entre as duas maiores potências nucleares se deteriorem a ponto de entrar em confronto. Há um consenso sobre isso", observou.
Esse novo relacionamento, disse ele, envolve "a possibilidade de eliminar" barreiras econômicas e estabelecer novas parcerias em energia, espaço e até mesmo presença no Ártico. "Somos nações do Ártico", lembrou.
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