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MADRID 5 dez. (EUROPA PRESS) -
As autoridades russas acusaram nesta sexta-feira as Nações Unidas de "distorcer a realidade" com a resolução sobre a "transferência forçada" de crianças ucranianas para o território russo no contexto da invasão da Ucrânia, que começou há quase quatro anos.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse em um comunicado que o documento, "preparado pelo regime de Kiev e seus parceiros europeus, está saturado de mentiras e hipocrisia". "Eles viraram a realidade de cabeça para baixo. Ele se baseia em acusações odiosas contra a Rússia e fala de supostas adoções forçadas e deportações com o objetivo de eliminar a identidade dessas crianças ucranianas", disse o comunicado.
"Essas insinuações não têm qualquer prova. Não há menção de crianças ucranianas sendo levadas para a Europa e perdendo todo o contato com suas famílias", disse ele, explicando que "está claro que essa resolução busca desviar a atenção do declínio total do regime em Kiev, cheio de corrupção e sofrimento, de derrota após derrota no campo de batalha".
Nesse sentido, ele criticou a presidente da Assembleia Geral da ONU, Annalena Baerbock, "que se esqueceu de que seu trabalho como chefe do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha acabou e que ela deve agir de forma profissional, justa e imparcial".
Com 91 votos a favor, 12 contra e 57 abstenções, o órgão na quarta-feira deu sinal verde para o documento, que insta a Rússia a "garantir o retorno imediato, seguro e incondicional das crianças que foram deportadas ou removidas à força" para o território russo.
O documento também pede o fim "sem demora de qualquer prática de transferência forçada, deportação, separação de suas famílias e tutores legais, mudança de status pessoal e doutrinação de crianças ucranianas", disse a ONU em um comunicado.
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