MADRID 1 jul. (EUROPA PRESS) -
O secretário de Estado, Marco Rubio, comemorou na terça-feira o fim da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que deixará oficialmente de fornecer assistência internacional a partir de 1º de junho, depois de meses em que a administração Trump atacou um mecanismo do qual dependem muitos programas de ajuda em todo o mundo.
"Os únicos que viviam bem eram os chefes de inúmeras ONGs (...), enquanto aqueles a quem se destinavam a ajudar eram deixados ainda mais para trás", disse Rubio em uma carta na qual reiterava que a USAID não atendia aos padrões do governo Trump.
Rubio enfatizou, portanto, a teoria de que muitos desses programas de ajuda externa não estavam servindo aos interesses do povo americano. "Os países que mais se beneficiam de nossa generosidade geralmente não retribuem", disse ele, censurando-os por não estarem ao lado dos Estados Unidos em fóruns internacionais.
"As metas de desenvolvimento raramente foram atingidas, a instabilidade muitas vezes piorou e o sentimento anti-americano só cresceu", disse o Secretário de Estado, que chegou a afirmar que entre os beneficiários desses fundos estão grupos como o Hamas.
"Essa era de ineficiência chegou oficialmente ao fim. Sob a administração Trump, finalmente teremos uma missão financiada por estrangeiros nos Estados Unidos que prioriza nossos interesses nacionais", enfatizou.
Rubio explicou que, a partir de 1º de junho, a USAID deixará de operar e será o Departamento de Estado que se encarregará de financiar programas de ajuda externa que se alinhem aos interesses de Washington. "Eles devem estar alinhados com a política externa dos EUA em primeiro lugar", disse ele.
Rubio criticou o fato de a USAID ter sido usada como uma "instituição de caridade" e não como um instrumento para promover os interesses nacionais no exterior. "Com muita frequência, esses programas promovem ideais e organizações antiamericanas", disse ele.
"Os americanos não deveriam estar pagando impostos para financiar governos fracassados em países distantes", disse ele. Rubio disse que a nova ajuda seria "direcionada e limitada no tempo" e que a prioridade seria dada aos países que demonstrassem "a capacidade e a vontade de ajudar a si mesmos".
Em contrapartida, um estudo publicado na segunda-feira pela prestigiosa revista científica The Lancet revelou que os cortes da USAID poderiam causar mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030, um terço delas entre crianças.
O governo dos EUA cancelou mais de 80% dos programas de sua agência de ajuda internacional, o equivalente a cerca de 5.200 contratos, conforme anunciado em março pelo Secretário de Estado Marco Rubio.
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