MADRID 4 nov. (EUROPA PRESS) -
A ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, disse na segunda-feira que "não há desculpa" para manter a ajuda humanitária em armazéns quando Israel se comprometeu com o plano do presidente dos EUA, Donald Trump, para a Faixa de Gaza, descrevendo a relutância das autoridades israelenses em facilitar a chegada da ajuda como "injusta".
"Não há desculpa para reter a ajuda humanitária. Ela deveria ser incondicional", disse ele em uma entrevista para o Channel 4 da Grã-Bretanha, em um armazém de ajuda do Programa Mundial de Alimentos (PMA) na Jordânia, onde, segundo ele, "só aqui há trigo suficiente para alimentar 700.000 pessoas por um mês (...) e, ainda assim, há crianças em Gaza que estão passando fome". "Isso é totalmente injusto e precisa ser resolvido", disse ele.
Dessa forma, o chefe da diplomacia britânica lembrou que o governo israelense aderiu ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) "não apenas" ao cessar-fogo, mas também ao plano para o futuro do enclave palestino proposto por Trump que "inclui o envio de ajuda maciça a Gaza", para o qual é "essencial" que as rotas entre Gaza e Jordânia sejam reabertas.
Ela argumentou que, após o acordo, há "um aumento na ajuda", embora, cercada por paletes de alimentos e materiais destinados à Faixa, tenha reconhecido que "é claro que é necessário muito mais", enquanto, no mesmo armazém, o vice-chefe de operações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Musonda Kasonde, enfatizou que a ajuda "tem que se mover", enquanto culpou os atrasos por parte das instituições israelenses na aprovação das autorizações necessárias para o transporte.
A SOLUÇÃO DE DOIS ESTADOS, "A ÚNICA MANEIRA DE ALCANÇAR UMA PAZ JUSTA".
Questionado sobre a morte de mais de cem habitantes de Gaza em ataques israelenses justificados como retaliação pela morte de um reservista das Forças de Defesa de Israel, Cooper evitou avaliar o assunto. No entanto, ele insistiu que em Londres eles querem que "o cessar-fogo seja mantido (...), que o governo israelense o respeite e o faça cumprir" e que todos os países que participaram da assinatura do plano de Trump na cidade egípcia de Sharm el Sheikh, em meados de outubro, "façam o possível para apoiá-lo também".
Ele também indicou que a proposta dos EUA inclui "outros planos para alcançar estabilidade e segurança de longo prazo", uma meta para a qual o governo britânico "apresentou propostas sobre como o desarmamento do Hamas deve funcionar" e como Londres "poderia apoiar um comitê palestino", explicou, argumentando que "a Palestina precisa ser liderada por palestinos".
"Nossa posição é clara. A única maneira de alcançar uma paz justa e duradoura a partir de um cessar-fogo é por meio de uma solução de dois Estados", concluiu.
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