Carlos Luján - Europa Press
MADRID 26 nov. (EUROPA PRESS) -
A ministra da Igualdade, Ana Redondo, criticou esta manhã três dos sete juízes do Supremo Tribunal que julgaram o procurador-geral do Estado, Álvaro García Ortíz, por não terem sido "cuidadosos" com sua "aparência de independência" por terem participado de conferências organizadas pela Ordem dos Advogados da Espanha.
Foi o que ela disse durante uma entrevista na TVE, captada pela Europa Press, em que foi questionada sobre sua opinião a respeito da participação dos juízes Andrés Martínez Arrieta (presidente da Câmara que julgou o procurador-geral), Juan Ramón Berdugo e Antonio del Moral em alguns cursos da Ordem dos Advogados de Madri, que é uma das rés contra García Ortíz, e que foram ministrados de forma remunerada e durante a deliberação da sentença.
A ministra disse que parte de seu respeito pelo judiciário e pelo sistema judicial deste país é que eles "funcionam" e não podem ser questionados.
No entanto, ela acrescentou que a independência judicial "precisa ser demonstrada" e que "é preciso ter muito cuidado com as aparências de independência". Acrescentou que, nesse caso, "parece que essas informações estão minando essa independência, que, de qualquer forma, é precisamente o que legitima as sentenças e decisões judiciais".
Em sua opinião, essa independência é "frágil" e os juízes têm que "reforçá-la todos os dias com suas atitudes". Nesse caso, disse ele, acredita que esses juízes "não foram tão cuidadosos quanto deveriam ter sido".
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