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MADRID 15 dez. (EUROPA PRESS) -
Pelo menos quatorze prisioneiros morreram neste fim de semana na Penitenciária do Litoral, localizada na cidade de Guayaquil e uma das prisões mais conflituosas do Equador, por razões que ainda não estão claras, embora tenham ocorrido em meio a uma crise de saúde devido a surtos de tuberculose e casos de desnutrição.
As autoridades penitenciárias confirmaram essas mortes, que se somam às 20 registradas na primeira semana de dezembro devido às condições dentro da prisão. Neste domingo, as forças de segurança recuperaram oito corpos, além dos seis de sábado, de acordo com a mídia equatoriana.
A Penitenciaría del Litoral é uma das prisões mais superlotadas do já precário sistema penitenciário do Equador. Cerca de 7.000 pessoas vivem em seus muros, distribuídas em doze alas controladas desde 2021 por grupos criminosos como Los Choneros, Los Lobos ou Lating Kings.
O Comitê Permanente de Defesa dos Direitos Humanos (CDH) do Equador já informou que, até agora, neste ano, pelo menos 590 pessoas morreram dentro da prisão devido a problemas de saúde e alimentação. "Seus corpos foram encontrados em condições deploráveis", denunciou em um relatório apresentado em novembro.
O CDH advertiu que a situação já ruim dos prisioneiros piorou desde que o presidente Daniel Noboa decretou estado de conflito armado interno para conter a violência nas prisões, acusando o governo de deliberadamente "permitir a degradação" das prisões.
O controle das prisões por esses grupos foi um dos motivos pelos quais Noboa decretou estado de conflito interno em janeiro de 2024 - ainda em vigor - depois que um ataque de comando armado a uma estação de televisão ocorreu em uma delas, culminando em uma escalada de violência sem precedentes.
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