Publicado 08/05/2025 10:19

Putin e Xi se gabam de seu relacionamento e se posicionam como "fator de estabilização" em um momento de crise global

RÚSSIA, MOSCOU - 8 DE MAIO DE 2025: O presidente da China, Xi Jinping (esq.), e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, apertam as mãos durante uma reunião no Kremlin de Moscou. O líder chinês chegou à capital russa para as comemorações do Dia da Vitória.
Europa Press/Contacto/Mikhail Metzel

MADRID 8 maio (EUROPA PRESS) -

Os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, se reuniram nesta quarta-feira em Moscou, onde se vangloriaram de seu grande entendimento, às vésperas do grande desfile que será realizado nesta sexta-feira na capital russa para comemorar o triunfo soviético sobre a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial.

"No contexto de uma situação geopolítica complexa e de incerteza global, a aliança de política externa entre a Rússia e a China é o fator estabilizador mais importante na arena internacional", disse Putin ao seu convidado principal em um desfile que servirá para refletir a influência do presidente russo.

A viagem de quatro dias do presidente chinês ocorre por ocasião das comemorações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, que contará com a presença de cerca de 20 líderes e representantes internacionais.

Na quarta-feira, a China e a Rússia assinaram uma declaração conjunta reforçando seu entendimento sobre questões fundamentais, bem como um novo acordo para proteger o investimento e o comércio mútuos. Graças a essas iniciativas, observou o Presidente Xi, as relações entre Moscou e Pequim nos últimos anos têm sido "estáveis, saudáveis e em ascensão".

Putin enfatizou que essa parceria se baseia nos "interesses estratégicos" que os dois países compartilham há décadas "para o benefício de ambos os povos", mas em nenhum momento "indo contra ninguém".

"É um sistema de comércio mútuo estável, protegido contra a influência de terceiros e tendências negativas nos mercados mundiais", explicou Putin, que concordou com Xi que a recente imposição de tarifas por "terceiros países" prejudica a economia e a estabilidade globais.

Uma declaração conjunta na qual eles criticaram que esse tipo de iniciativa "unilateral" e "ilegítima" também afeta a cooperação internacional necessária para enfrentar os desafios globais, como a segurança alimentar e energética, bem como os objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas.

Pequim tem servido como a tábua de salvação econômica e diplomática de Moscou desde o início da invasão da Ucrânia, há mais de três anos. Moscou enfrentou uma série sem precedentes de sanções do Ocidente, o que também significou laços mais estreitos com outros atores, como a Coreia do Norte e o Irã.

Na quinta-feira, os dois lados ratificaram uma declaração conjunta na qual selaram seu acordo mútuo sobre uma série de questões, como sua disposição de colaborar em uma solução para o acordo nuclear iraniano que implicaria a não proliferação de armas nucleares e seu apelo para que o Japão "se distancie" do militarismo.

Com relação à Ucrânia, eles apoiam todos os esforços que levem a uma paz que leve em conta as "causas fundamentais" do conflito, "os interesses e preocupações de segurança" de "todos os Estados", bem como os princípios refletidos na Carta da ONU.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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