Eles consideram que o caso não foi bem conduzido e deve ser corrigido o mais rápido possível.
MADRID, 4 dez. (EUROPA PRESS) -
As denúncias anônimas contra o ex-funcionário do PSOE e do governo Francisco Salazar e sua posterior gestão pelo partido estão causando uma crise devido ao "erro" de levar quatro meses para responder às mulheres que tomaram a iniciativa de contar seu caso por meio do canal interno.
Fontes socialistas admitem que foi um erro não ter entrado em contato com as vítimas até esta semana, já que as queixas foram apresentadas em julho passado e elas consideram que devem resolver o problema o mais rápido possível.
Embora considerem que não houve intenção de ocultar o caso ou de minar a credibilidade do testemunho dos reclamantes, reconhecem que o problema não foi bem administrado e levou a uma situação prejudicial ao partido, que deve ser corrigida.
No entanto, eles argumentam que Salazar foi imediatamente afastado em julho passado, após os primeiros testemunhos contra ele de jovens mulheres que descreviam comportamento inadequado em seu trabalho na Moncloa, onde era assessor do presidente Pedro Sánchez.
Salazar ocupou vários cargos na Moncloa durante o mandato de Sánchez e, na época em que o caso foi divulgado, ele era secretário de Coordenação Institucional. Ele também tinha um assento no Comitê Executivo Federal do PSOE como Secretário de Análise e Ação Eleitoral.
Ele foi forçado a se afastar quando ia ser promovido à equipe da Secretaria de Organização para substituir Santos Cerdán após sua prisão por um suposto caso de corrupção.
CONTRIÇÃO E EXPLICAÇÕES
No mesmo mês de julho, o PSOE recebeu duas denúncias anônimas à Comissão Antiassédio, mas nos últimos meses não foram contatados, e o arquivo até desapareceu da plataforma de computador onde o progresso é registrado.
O partido explicou que o arquivo não foi apagado nem desapareceu - embora por alguns dias não tenha ficado visível - e garantiu que continuará com a investigação até o fim. De fato, eles enfatizaram que continuarão mesmo que Salazar não seja mais um militante socialista, já que ele deixou o partido na semana passada.
As fontes consultadas consideram que o caso não foi bem explicado e acham que só pode ser resolvido com um exercício de contrição e uma explicação adequada do que aconteceu e das medidas que o partido tomou para ajudar as vítimas.
REUNIÃO TENSA EM FERRAZ
Pilar Bernabé, Secretária Socialista para a Igualdade, também se manifestou no mesmo sentido. Na quinta-feira, ela pediu desculpas aos afetados e admitiu uma "falha" no canal interno de reclamações, o que, segundo ela, já foi resolvido.
No dia anterior, a própria Bernabé convocou uma reunião telemática de emergência com os responsáveis pela igualdade nas federações socialistas, na qual vários expressaram seu desacordo com a forma como Ferraz estava lidando com a situação.
As vozes discordantes continuam e, nesta quinta-feira, a "ex-número dois" do PSOE e atual delegada do governo nas Astúrias, Adriana Lastra, pediu que os supostos casos de assédio sexual fossem levados ao Ministério Público, uma posição que não é compartilhada pela liderança socialista no momento.
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