Eduardo Parra - Europa Press
MADRID 11 dez. (EUROPA PRESS) -
A presidente do PSOE, Cristina Narbona, insistiu nesta quinta-feira que os queixosos de suposto assédio que enviaram seus casos a Ferraz devem "concordar" para que o partido possa apresentar queixas ao Ministério Público e uma investigação judicial possa ser aberta.
Até o momento, a liderança do partido tem sido contra a ida ao Ministério Público, ressaltando que as queixas apresentadas são anônimas e que o partido não pode tomar essa medida sem o consentimento prévio das mulheres afetadas.
Falando à mídia nos corredores do Congresso, Narbona disse que a possibilidade de recorrer à Promotoria Pública está sendo analisada pelo serviço jurídico do PSOE, embora ela tenha reiterado que "as queixosas têm que concordar com isso".
Ele também considera que o PSOE "está reagindo" aos vários casos de assédio denunciados, primeiro contra o ex-funcionário da Moncloa e Ferraz, Francisco Salazar, e agora contra o ex-presidente do Conselho Provincial de Lugo, José Tomé. "Tenho plena confiança de que daremos uma resposta contundente ao que aconteceu", disse ele antes de entrar na Câmara.
O PSOE ainda não publicou o relatório sobre as denúncias contra Salazar, apresentado há mais de quatro meses, em julho passado. Por esse motivo, eles reconheceram a falta de diligência na resolução do caso, não tendo entrado em contato com os denunciantes até meses depois de eles terem apresentado seus depoimentos por meio do canal interno e anônimo criado por Ferraz.
Além disso, quando perguntado sobre a carta publicada na quinta-feira pela ex-líder socialista Elena Valenciano, que pediu aos homens do PSOE que acabassem com o sexismo na organização, Narbona disse que ela é "uma grande mulher e uma grande feminista".
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático