Publicado 12/04/2025 06:05

O PSOE acusa Feijóo de ser "antipatriótico" e se declara "farto" de suas "desculpas" para não apoiar o decreto tarifário.

O porta-voz do PSOE no Congresso, Patxi López (à esquerda); e o ex-prefeito e porta-voz socialista no Conselho Municipal de Sevilha, Antonio Muñoz (à direita), durante a coletiva de imprensa. Em 21 de março de 2025, em Sevilha (Andaluzia, Espanha). O port
Rocío Ruz - Europa Press

Patxi López não renuncia ao Orçamento de 2025, embora já veja o ano como avançado e, se isso não for possível, o Orçamento de 2026 será apresentado.

MADRID, 12 abr. (EUROPA PRESS) -

O porta-voz do Grupo Socialista no Congresso, Patxi López, classificou o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, como "antipatriótico" e se declarou "farto" do que considera "desculpas ruins" por não apoiar o decreto-lei do governo com as primeiras medidas para lidar com as tarifas anunciadas por Donald Trump.

"Você concorda ou discorda com mais de 14 bilhões para ajudar a proteger empresas e trabalhadores que possam estar em risco? Você concorda ou discorda com o relançamento desses setores com ajuda do governo para ajudá-los a buscar novos mercados? Sim ou não, ponto final. O resto são desculpas e estamos fartos das desculpas do Partido Popular", concluiu.

Falando no programa 'Parlamento' da 'Radio Nacional', captado pela Europa Press, Patxi López explicou que "seria muito irracional não aprovar um decreto que busca proteger as empresas que podem ser afetadas pelas tarifas do governo Trump e que busca relançar essas empresas buscando novos mercados, novos produtos". "Isso diria muito pouco sobre um PP que afirma ter um senso de estado", diz ele.

EM UM DIA PARECE SER SIM, E NO DIA SEGUINTE OUTRA DESCULPA.

Por outro lado, ele considera que "um dia parece" que o PP vai apoiar o decreto-lei e no dia seguinte "parece que está procurando uma desculpa", como em sua opinião aconteceu com o anúncio de Junts culpando a Catalunha por 25% da ajuda.

O Partido Popular usa desculpas ruins para não apoiar o que deveria apoiar, se tivesse um senso de Estado", disse ele. Eles nos deram centenas de desculpas toda vez que não quiseram aprovar algo e todas elas acabaram se revelando falsas".

E Feijóo está "na resistência" ao acordo e "falando mal da Espanha" toda vez que realiza reuniões na Europa: "É tremendo, e é de um antipatriotismo e de uma falta de institucionalismo pelos quais só Feijóo é conhecido nos últimos tempos", lamenta.

É INFANTIL FAZER DISTINÇÃO ENTRE MONTERO E CUERPO

O porta-voz socialista também critica o PP por tentar dividir o governo ao apontar que é mais fácil falar com o ministro da Economia, Carlos Cuerpo, do que com a vice-presidente, María Jesús Montero, pois considera que o importante serão as medidas, e não quem é o interlocutor. "É uma tremenda infantilidade", denuncia.

Em sua opinião, essa "guerra tarifária" declarada por Donald Trump também deixou claro "quem são os aliados da Vox", que se posicionam diante da administração dos EUA e não do campo espanhol: "Que patriotismo essas pessoas têm".

Nesse contexto, ele criticou a rejeição do PP e da Vox ao decreto-lei sobre a distribuição de menores migrantes e considerou "tremendo" que os 'populares' incorressem nessa "falta de humanidade" e "solidariedade".

A ESQUERDA NÃO PODE SE ATOMIZAR

Quanto à apresentação do orçamento para 2025, Patxi López afirma que o governo de coalizão tem vontade de apresentar um projeto, embora seja verdade que o cronograma já oferece pouca margem, pois estamos perto do final do primeiro semestre do ano. "E, se os orçamentos deste ano não forem possíveis, então os do próximo ano", acrescentou ele, enfatizando que os orçamentos atuais, aprovados em 2022, foram suficientemente expansivos para agora ter "espaço de manobra" para enfrentar os desafios.

Em sua opinião, o obstáculo não é um parceiro ou outro, mas a busca de acordos amplos que o panorama político exige. Ele também aponta para as "tensões" à esquerda do PSOE, entre Sumar e Podemos, e espera que, quando as eleições forem realizadas, "haja um certo entendimento para que a esquerda não fique atomizada". De acordo com ele, não há tais tensões à direita, pois o PP e o Vox chegaram a um acordo "no minuto zero, não no minuto um".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

Contador