Carlos Luján - Europa Press
Ferraz consegue acalmar as federações que se dizem "satisfeitas" após a reunião dos responsáveis pela igualdade.
MADRID, 12 dez. (EUROPA PRESS) -
A secretária de Igualdade do PSOE, Pilar Bernabé, defendeu as ações do PSOE diante dos vários casos de suposto assédio sexual e admitiu que podem aparecer mais denúncias, mas o importante, em sua opinião, é que o partido continuará agindo. "Não é compatível ser socialista com ser sexista", disse ela.
Bernabé fez essas declarações à mídia do lado de fora da sede do partido, na Calle Ferraz, depois de uma reunião de mais de três horas com os chefes territoriais de Igualdade com a número três do partido, Rebeca Torró, para explicar as conclusões do relatório sobre as alegações contra o ex-funcionário socialista Francisco Salazar.
Em vista do surgimento de novos casos e renúncias nas últimas horas, Bernabé destacou que "isso provavelmente será assim por algum tempo" e que esses foram dias "muito intensos", mas ele se concentrou na resposta "exemplar" que ele acredita que o PSOE está dando.
"Não é uma questão de quantos, porque já sabemos que isso existe na sociedade, é uma questão de como vamos agir", disse ele, defendendo que o PSOE "está agindo" e continuará agindo. "Não vamos parar", acrescentou.
Bernabé não quis avaliar os casos mais recentes, a queixa contra o prefeito de Almussafes (Valência) ou a do ex-presidente do Conselho Provincial de Lugo, depois que o líder dos socialistas galegos, José Ramón Gómez Besteiro, disse que sabia do caso de assédio desde outubro.
Em uma aparição na qual ela apareceu acompanhada por vários secretários regionais, ela garantiu que todos os presentes na reunião apoiaram as propostas feitas pela Secretária de Organização, Rebeca Torró, e nenhum dos presentes a criticou no final da reunião.
De fato, no início, a secretária da federação asturiana, Nuria González, continuou a pedir que as queixas fossem levadas ao Ministério Público, ao contrário do que Ferraz defende, mas ao sair da reunião foi mais conciliadora, dizendo que estava "satisfeita" com a reunião, que em sua opinião foi "um ponto de virada" no partido.
Na mesma linha, a também Delegada do Governo em Valência garantiu que terá "tolerância zero" e reiterou que modificará os estatutos e os regulamentos internos contra o comportamento sexista. Ela também considera que é preciso exigir que os demais partidos façam o mesmo.
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