MADRID 31 jul. (EUROPA PRESS) -
O Ministério Público da Colômbia anunciou na quarta-feira a abertura de uma investigação disciplinar contra a ministra das Relações Exteriores do país, Rosa Yolanda Villavicencio, por "supostas irregularidades" entre sua pasta e a Gráfica Nacional da Colômbia na assinatura do acordo para a produção de passaportes.
"A assinatura do convênio firmado entre o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Fundo Rotativo, e a Gráfica Nacional, em 18 de julho, possivelmente transgride princípios de planejamento e economia na contratação estatal", argumentou o Ministério Público, alegando que "não há documentos e estudos prévios que sustentem a assinatura do convênio".
O órgão também alega desconhecer "o ato administrativo por meio do qual foi delegada ao secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores a autoridade para celebrar o acordo interadministrativo com a Gráfica Nacional da Colômbia".
Por esse motivo, o Ministério Público também incluiu na investigação a secretária da pasta diplomática, Elvira Sanabria Salazar, e a gerente da Gráfica Nacional, Alba Liliana León Herrera.
Nesse sentido, a instituição destacou "falhas no planejamento do novo esquema de fornecimento de passaportes" e "omissão do dever dos funcionários de cumprir os princípios que regulam a contratação estatal e a função administrativa".
A abertura da investigação ocorreu menos de 24 horas depois de Bogotá ter anunciado a assinatura de um acordo entre a Imprensa Nacional Casa da Moeda, de Portugal, e a Imprensa Nacional da Colômbia, com o qual o Estado latino-americano pretende começar a produzir passaportes, apenas um mês depois de o anúncio frustrado da renovação do contrato para a emissão de passaportes pela ex-ministra das Relações Exteriores, Laura Sarabia, ter levado à sua demissão após uma disputa com o presidente do governo, Gustavo Petro.
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