MADRID 2 jul. (EUROPA PRESS) -
A Procuradoria Geral da Colômbia anunciou na terça-feira a abertura de uma investigação sobre os áudios obtidos pelo jornal "El País", segundo os quais o ex-ministro das Relações Exteriores Álvaro Leyva teria pedido a ajuda dos Estados Unidos para depor o presidente do país, Gustavo Petro.
"Com relação às gravações do ex-ministro das Relações Exteriores Álvaro Leyva, em que ele supostamente fala de abordagens com terceiros para afetar o governo nacional, a Procuradoria Geral da República está conduzindo uma investigação sobre o assunto", disse a agência, de acordo com informações obtidas pela estação de rádio nacional colombiana RTVC.
A investigação, que envolve a Diretoria Especializada Anticorrupção, também inclui a solicitação feita pela vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, que horas antes pediu investigações sobre a trama que, de acordo com informações do 'El País', a colocaria na presidência no lugar de Petro.
"Nunca me prestei a conspirações, não sou instrumento de ninguém", garantiu a vice-presidente em uma publicação do X em que compartilhou o pedido enviado à procuradora-geral, Luz Adriana Camargo. "Com a consciência tranquila, mas com firmeza, insisto em meu repúdio às infames acusações que colocam em dúvida meu comportamento diante da autoridade que o presidente representa", disse ela.
No documento, Márquez "rejeita categoricamente qualquer plano de ataque à democracia e à institucionalidade". "Não sou uma pessoa que possa ser usada para esse tipo de ação", assegurou, denunciando ter sido mencionado "de maneira infundada (...) nesse episódio repreensível".
Ela disse considerar "da maior importância para o país saber a verdade o mais rápido possível" e pediu ao Ministério Público que avance com as investigações, cuja resolução disse aguardar "sem medo e de cabeça erguida".
De acordo com informações do 'El País', Leyva tentou se aproximar do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, com a intenção de que ele ajudasse a desencadear uma "pressão internacional" que levaria o presidente colombiano a deixar o poder, em cujo lugar entraria Márquez, que, de acordo com as palavras vazadas do ex-ministro das Relações Exteriores, estaria ligado à trama.
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