O presidente garante que "ele não encontrará nada".
MADRID, 31 out. (EUROPA PRESS) -
O partido do presidente colombiano, Gustavo Petro, confirmou na quinta-feira a busca realizada no dia anterior pela Procuradoria na sede da Colômbia Humana no âmbito da investigação sobre o suposto financiamento irregular da campanha eleitoral que levou Petro à Presidência do país latino-americano em 2022.
O partido político respondeu aos relatos da mídia local, esclarecendo que a busca faz parte dos poderes "legais" do Ministério Público para "solicitar informações" em seus procedimentos "ordinários" e enfatizando que "não é uma investigação criminal contra a organização ou qualquer tipo de medida".
Na nota, publicada na rede social X, a Colombia Humana criticou "alguns" meios de comunicação pelo que descreveu como um tratamento "sensacionalista e tendencioso" da busca feita pelo Ministério Público, especificando que "na realidade, trata-se de um processo administrativo de revisão documental".
"Esse tipo de manchete desinforma o público e procura distorcer a realidade do movimento e de seus membros", acrescentou, enquanto "convidava" a mídia a realizar seu trabalho com "objetividade e equilíbrio (...) para o benefício do debate público e da confiança pública nas instituições".
O partido de Petro aproveitou a oportunidade para garantir que "sempre atende de forma respeitosa, transparente e oportuna a todas as exigências das autoridades competentes" e defendeu seu "respeito pelas instituições e sua disposição de colaborar com os órgãos de controle".
Nessa linha, ele demonstrou seu compromisso com a "transparência, legalidade e ética pública" e indicou que manterá "serenidade e clareza" em suas ações, respeitando o devido processo e as instituições.
Na quinta-feira, o presidente garantiu em sua conta no Twitter que o Ministério Público "não encontrará nada", respondendo assim à procuradora-geral, Luz Adriana Amargo, que em declarações à imprensa indicou que o órgão "irá até as últimas consequências" em sua investigação.
Vale lembrar que dois magistrados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) concluíram, no final de agosto passado, que a campanha que levou Petro à presidência ultrapassou os limites em mais de 5.300 milhões de pesos (1,14 milhão de euros) e que ele também recebeu doações de pessoas jurídicas, o que é explicitamente proibido pela lei eleitoral.
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