Publicado 04/12/2025 01:21

A procuradora-geral do Peru, suspensa em setembro, Delia Espinoza, foi desqualificada por dez anos.

Archivo - Arquivo - 22 de agosto de 2025, Lima, PERU: Lima, 22 de agosto de 2025...A Fiscal da Nação, Delia Espinoza, concedeu uma conferência de imprensa sobre delitos cometidos em detrimento das mulheres e dos integrantes do grupo familiar...Fotos Brita
Europa Press/Contacto/El Comercio - Arquivo

MADRID 4 dez. (EUROPA PRESS) -

O Congresso peruano aprovou na quarta-feira a desqualificação por um período de dez anos da procuradora-geral suspensa em setembro passado, Delia Espinoza, que denunciou um ataque ao Estado de Direito.

A medida foi aprovada em uma segunda votação que reuniu 71 votos, 19 votos contra e três abstenções, atribuindo supostos crimes de abuso de autoridade, usurpação de funções, contra a fé pública e prevaricação.

Assim, a desqualificação foi adiante depois que a primeira votação obteve 63 dos 68 votos exigidos pela câmara, para os quais dois deputados solicitaram uma reconsideração, citando um relatório que a acusa de não cumprir a Lei 32130, que devolve à polícia o poder de conduzir investigações preliminares.

A magistrada, que compareceu ao plenário antes da votação, denunciou que os deputados "atropelaram o Estado de Direito ao iniciar uma ditadura parlamentar" e os acusou de "manchar, truncar uma carreira, que não é política, porque não sou política, apenas por votos, por slogans políticos, por ódio, por vingança, por revanche".

Espinoza também classificou a medida como "arbitrária", alegando que ela responde às queixas que ela mesma apresentou contra pelo menos uma dúzia de parlamentares que votaram a favor da medida.

"Foi demonstrado que não há fato relevante, foi demonstrado publicamente que há arbitrariedade (...). Eu entrei em conflito com um poder obscuro que não me quer, estou me referindo não ao plenário, mas aos senhores da Subcomissão de Acusações Constitucionais e da Comissão Permanente", disse ela.

Além disso, em um discurso relatado pelo jornal 'La República', ele defendeu o fato de ter chegado ao cargo "sem dever nada a ninguém" e de não ter sido submetido a pressões externas durante seu tempo no Ministério Público, um lugar para o qual "mais cedo ou mais tarde eu voltarei", garantiu.

Espinoza está envolvida em um processo disciplinar marcado, entre outras coisas, pelo caso aberto em meados de setembro pela Junta Nacional de Justiça, que considerou que ela cometeu uma falta muito grave e violou a lei ao não executar a resolução que reintegrou sua antecessora, Patricia Benavides, destituída do cargo por corrupção e acusada de tráfico de influência, como chefe do Ministério Público. O magistrado então afirmou que o processo está "repleto de ilegalidades".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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